segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nestas festas II

Nestas festas...
Se estivesse em Portugal já estaria mais que embrenhada na azáfama do costume. Bem, "azáfama" é um eufemismo. Acho que a bem dizer é mais stress. Mas é um tipo de stress bom, se é que isso existe. Eu, sou a mulher das listas.
"Catarina, monta a árvore de Natal."
"Catarina, faz o presépio."
"Catarina, faz a lista dos doces."
"Catarina, faz a lista das pessoas a quem comprar prenda."
"Catarina, vamos às compras. (já no Colombo, dia 22 ou 23...) Que é que vamos comprar ao tio? Ai, rápido, já estou tao cansada..."
"Catarina, faz a lista das prendas que tu queres." Hehe, esta é a melhor, claro está.
Encontro-me com este, com aquele, com o outro, para trocar prendas, depressa, depressa, para podermos abrir na noite de 24.
"Catarina, poe a mesa."
"Catarina, vai buscar cadeiras."
"Catarina, falta acabar de embrulhar coisas."
"Catarina, poe música."
Ufa! Já estou cansada só de ler :)
Mas isso era antes de vir para aqui. Aqui nao estou a sentir nada esse espírito natalício. Provavelmente porque aqui é pelos Reis que se trocam as prendas e se junta mais a família. Enquanto que 24 e 25 sao dias de festa, mas nao assim tao importantes. Janta-se em casa e depois vai-se sair para os bares e assim, estar com amigos. Assim, sendo, a azáfama maior para os nuestros hermanos nao é agora.
Mas muito mais provavelmente porque nao é aqui que está a família.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Nestas festas

Nesta época penso sempre e cada vez mais: "que burra.."

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Os Esquimós

Bem... Eu queria partilhar com vocês, fantasmas que ainda lêm este blog, uma dúvida que me desassossega. Os primeiros Homens apareceram em África, nao é? Puf! Lá estavam eles... Depois foram subindo de terra em terra até à Europa, certo? Em busca de terras mais férteis e tal, minérios, enfim... Mais ou menos isso. Foram povoando o planeta. A minha dúvida é: que raio viram os Esquimós para ficarem ali?!
Porque os Esquimós nao apareceram no gelo, nao... Eles atravessaram todo o planeta e nao gostaram de nenhum sítio e quando chegaram ao gelo, disseram: "Aqui está bem, nao!?"
Como convences todo um povo a viver no gelo? Que é que lhes dizes? "Aqui montamos um negócio e enchemo-nos de dinheiro... Uma gasolineira! Com um cartaz bem grande - Há gelo!"
Os pobres estavam deslocados, porque vinham de África, com roupa de Verao, manga-curta e um paninho a tapar o rabo. Cheios de frio, sabiam lá se eram um povo e como é que se chamavam... Bem, entao lá comeÇaram a conversar:
- Tu sabes andar no gelo?
- Nao e tu? Sabes esquiar?
- Bom eu esquio mal. E tu?
- Eu também esquio mal.
- Esquio mal, sim.
- Esquio mal.
- Esquimal...
- Esquimó!
E assim surgiu o nome!
E as casas? Fizeram umas casas estranhíssimas... Os iglus. Estranhas, sem esquinas, redondas. Como se mobila um iglu? Nao podes encostar a cama à parede por fica um espaÇo vazio e cai a almofada. deve haver um IKEA de iglus! Ou como penduras um quadro num iglu? Nao podes, porque nao assenta. Mas também dá igual, porque o que realmente faz falta num iglu é um extintor. Aliás, um extintor é imprescindível, porque um incêndio ali e estás lixado... Chegas a casa e nao há nada. Olhas para a banheira, cheia de água e pensas "Onde está a minha casa?"... Na banheira!
Mas pronto, eles chegaram e instalaram-se durante geraÇoes. Vejo os pequeninos esquimós a correrem pela neve inocentemente... E surge-me outra dúvida: como se fazem os bebés esquimós?? Todos sabemos como se fazem os bebés, certo? Todos. E há um momento em que temos de estar nús... Mas a 40º negativos... Cuidado com os devaneios!
Eu acho que os pobrezitos chegaram ali e disseram...
- Papá onde estamos? Papá onde estamos?
- Estamos no Pólo.
...Chuparam o polo, ficaram com a língua agarrada ao gelo e por isso ficaram ali para sempre...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Não se escreve há tanto tempo

Hummm
E por hoje desisto...

domingo, 11 de novembro de 2007

Chorinho colgate

Tinha umas coisas importante para dizer, mas não me posso queixar aqui. Não é o sitio nem a hora. E já se sabe que não é o sítio nem a hora em sitio nem hora nenhuma.
Por isso tenho apenas a informar que hoje consegui atirar pasta de dentes para os olhos provocando uma sensação de ardor única e inesquecível. Coçar? Pôr água? Tudo boas ideias para a comichão no rabo por exemplo, mas não para os olhos impregnados de creme com frescura a mentol. Chorei um bocadinho respirei fundo e pronto, fui á luta.
Ai o que aquilo além? Ah é só um mosquito alí no outro lado na cozinha...
Bom pelo menos os meus olhos estão limpinhos e cheirosos e a minha visão de falcão continua intacta.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Uma aldeia é o que isto é

O dia é 5 de Novembro de dois mil zero sete.
São 9 e meia da noite e Patricio, 21 anos, está a voltar para casa de metropolitano. O metro vai cheio, mas Patrício está concentrado na música que ouve no seu Mp3.
De repente Patricio olha, Patrício vê uma rapariga de cabelo castanho entrançado com uma flor do lado esquerdo.
A rapariga tem maçãs do rosto coradas, calções de ginásio azuis por cima de collants da mesma cor e está escrevendo num bloco.
O coração de Patrício palpita, "vou lá? falo com ela? faço conversa de chácha? Merda! sou um encaralhado de primeira!"
Na última estação, mesmo na ultiminha resolve aproximar-se, mas foi tarde demais! Ainda tentou segui-la no meio da confusão, mas a multidão envolveu-a e Patrício perdeu-a de vista! "Ah Patrício, seu falhado!" pensou...
Falhado? Nunca!
O Patrício era um rapazolas tímido, com jeito para o web design, romântico, alto e magrito vá.
Decidiu aproveitar o talento que Deus lhe deu e fez uma página na internet dedicada a encontrar a rapariga dos seus sonhos! Fez o esboço dela e dele, deixou o endereço e o número de telefone e ao lado escreveu: não, não sou doido.
A partir desse dia começou a ser inundado com mensagens de apoio e a própria CNN quis falar com ele!
Três dias assim se passaram, e a espera... eterna.

O dia agora é 8 de Novembro do ano presente.
Um amigo da rapariga vê a página do Patricio e decide contactá-lo. Fala aqui, fala alí e não é que é mesmo ela!
E agora? O que vai acontecer? Talvez se encontrem, talvez não, talvez se apaixonem, talvez não.
A história agora a eles lhes pertence... “Ao contrário de todas as comédias românticas e más canções pop, terão que imaginar por si próprios o final desta história", escreveu o Patrício na página da Internet, que não vai voltar a actualizar.

O meu preferido

E eu sou o gajo mais porreiro de se comer frango assado com. Porque sou acérrimo adepto do peito, deixando pernas (e outras bodegas, tipo asas, pescoços e rabo) para os outros.
Dizem-me sempre ‘gostas do peito? O peito é tão seco’, mas eu gosto porque me calha sempre aquele bocadinho de plástico com o nome do aviário.
O nome disto, de preferir o peito às pernas, é apenas um: altruísmo, sem tirar, nem pôr.
Além do mais, gosto de manter os meus critérios estáveis, trate-se de preferências em termos de frango assado ou mulheres.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Adormeceu...

Hoje estou especialmente triste... E nao me apetece escrever nada especialmente erudito.
Por isso vou simplesmente dizer porquê.
O meu gato mais velho, o Simao, foi há dias para o hospital, com insuficiência renal. Pensavam que já estava melhor, mas afinal nao.
Esteve estes dias sedado e assim vai continuar para sempre.
Mataram-no porque estava a morrer.
E agora já nao o vou ver quando voltar a casa pelo Natal.
E já nao vou ter de lhe dizer adeus outra vez.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Castelo

A minha rua tem uns prédios corridos, todos juntos uns aos outros, arquitectura própria dos anos 70/80 bem feiosa que a minha amiga Tátá poderá comentar com mais rigor quando se dignar a escrever aqui na botica.
Desse lado da rua metade dos prédios fazem uma espécie de vala à entrada com pontes para se entrar nas casas. Não consigo explicar de maneira a que fiquem com uma imagem visual fiel do aspecto da rua, mas o que quero dizer é que aquilo forma como que um "aqueduto" muito propício às brincadeiras dos mais petizes.

Ontem quando estava a chegar a casa vi um grupo de miúdos a brincar ás escondidas debaixo das pontes e dos muros que os prédios formam.
Um deles estava a contar e os outros já estavam escondidos nalgum sítio que ambos desconheciamos.
Conforme fui andando vio-os todos atrás do murinho... Espera lá que assim não ganham! Virei-me para trás e denuncie-os: "cof cof, alí alí". O miúdo da contagem ganhou e eles tiveram de trocar. Sorri vitoriosa.

Fiquei lixada por não me convidarem para brincar com eles depois disto.
Quis dizer-lhes que antes deles aquilo era meu.
Eu é que costumava ir para alí deitar-me debaixo das pontes a fingir que estava no meu castelo; eu é que deslizava nas inclinações das valas a ver os outros miudos a rachar os dentes, eu é que ficava nervosa quando tinha de ir a correr quando me apanhavam. "1,2,3 não salva ninguém!" Eu é que costumava ir para lá correr sem ter de me baixar para passar debaixo das pontes!
Depois deixei de ir para lá e agora quase de certeza que não passaria sem ter de me baixar, nem me poderia esconder atrás dos muros que eles apanhavam-me logo porque ficava com o rabo á mostra.
E agora os miúdos já não brincam com qualquer um.
E agora que tou grande os grandes também já não perguntam a qualquer um se quer brincar.

domingo, 4 de novembro de 2007

Banda sonora oficial

Precioso, único.
Bravo Ambrósio.

Aquele momento em que a madame deglute o chocolate... delicioso. Mais ou menos como o momento que eu tive quando comi aquele chocolate rançoso que tinha guardado há uns meses para aquela altura especial. A diferença é que o chocolate não era muito bom, e eu não tinha mordomo,nem um vestido dourado com um chapéu joli a condizer.

É o que é curioso nos anúncios é a suposta identificação que fazemos com eles ou que tentamos transpor para a vida.
Como o "mito" de que é romântico comer o gelado á janela num dia de chuva, ou de que somos adoráveis quando entramos a cumprimentar toda a gente numa festa espalhando sorrisos e acenos.
Quando tento fazer isso ou me cai mal o gelado ou pensam que já estou bêbada quando entro.
É a vida que raramente imita a arte.
E a minha raramente imita porque falta o elemento essencial, aliás, dois elementos essenciais: o glamour (do chapéu dourado a comer chocolate por exemplo) e a banda sonora.

Estava mesmo a precisar de ter a minha banda sonora a adicionar um pouco de intensidade aos meus momentos de alegria ou tristeza ou estoicismo, ou aos meus momentos melancólicos de comer gelados á janela. Ou para as alturas em que vou a subir a rua a pensar na vida ou nas alturas em que estou quase a rebentar porque não posso mais com este argumento viciado.

domingo, 21 de outubro de 2007

The Being II

O meu associado Zé dos duendes já escreveu a continuaÇao do "The Being". Colocou lá como um comentário, claro está. Mas visto que é a continuaÇao da história, e que vou continuá-la a partir dali, parece-me óbvio que tenho de o tornar num post. Por isso, cá vai:

ContinuaÇao de The Being - capítulo II:

Then finally you reach the light and feel a fresh breeze.
You’re no more in a closed place. Above you can see the sky and realize that is day. But the light does not reflect the day; the sun is completely stopped up by clouds as black as the look of a murderer. Before you, stand up what seems to be remains of a cloister, or its foundations. There are six pillar allied, you move the closest and see that the stone was well crafted but now is damaged, worn... You are now at the centre of the room and your eyes begin to flow their contours. In your right there is an opening, very similar to the one you just came out, but a little more broad. In side you can’t see anything in spite of this corridor do not seem as dark as the other one, perhaps by now you are unlighted by the sky. Then your eyes continue to search the room. In your front you don’t see anything special, nothing relevant to the rest of the room / cloister, only the thick walls of stone. Now look to your left, you see what seems to be a niche dug in the wall, them ... A shiver! Not a normal shiver, but one of those who makes chill the blood and your body paralysis. Only not stay paralyzed because you feel something behind, turn around.
Behind you, where before was only a dark corridor empty and black, is now a figure of human proportions. You are terrified, because you see that this shape seems to be slightly bright and you don’t understand how as it appeared without you had given therefore, no noise, no even a footstep (feet? You can not realize if the shadow touches on the floor!) like it was always there from the beginning. Noise, an alternated hitting, you feel another motion and move your look in the sky’s direction. Black birds, dozens of crows take flight from their cradle, like they were with fear and feeling that this place once secure and peaceful, is no more. You also feel that you’re longer as secure as before while looking for the crows, until suddenly… Aaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
You heard the most terrifying and horrific cry of your life!!
You take a look immediately to the place where the picture was. This seems closer to you and now you can distinguish clearly two points of an intense bright red. They are eyes! The creature looks you directly, and despite having the certainty that the cry was given by it, in his face (or at least what you think to be face) you do not realize the forms of a mouth. Your whole body shakes scared, a huge cold flow your body. Then, the strange shape begins to move away, but always turned to you, like it was levitating in the air. Depart itself, and the corridor start darkening again, and the creature to disappear until only one source of light at far.What do you do? Fall back and retreat without ever discover what in fact you are doing here, what your purpose? Or step forward. Discovering what this creature was, what it wanted from you, or maybe, what do you want from it? Follow despite all your body can do is to run, flee in the opposite direction immediately? And now?
…to be continued…
by Zé dos duendes

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pub&Conselho

Para quem ainda nao sabia...
http://lacubata.blogspot.com/
...é o meu blog abroad sozinha.

A Pepita vai zangar-se, porque estou aqui a fazer publicidade e sou concorrente de mim própria, lolol.
Mas olhe, é para ver se você comeÇa a escrever mais, sua jornalista deslavada. (E agora comeÇam as agressoes verbais!)
Mas para compensar, vou escrever qualquer coisa interessante (como sempre, aliás! Ah, ah, ah!)

Tenho um problema fisiológico/psiquiátrico. Nao sei como classificá-lo. Chama-se: Demanhaocorpoficacoladoàcama.
Contudo, já me disseram que a doenÇa nao é rara de todo e que tem um tratamento, que provoca severas melhorias: deitarconsideravelmentemaiscedo.
Se padecem do mesmo mal, aqui fica o conselho.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Sagas

Ora bem, decidi que com esta ausência real do meu país, nao tenho condiÇoes para continuar com a saga "Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado". Pelo menos por agora.
Quanto ao guiao do "The Being", nao posso seguir sem que antes o meu associado voluntário faÇa aquilo que disse que queria fazer! Pois ficou prometido que eu continuarei depois daquilo que ele irá escrever...
...ZZZÉÉÉÉÉÉÉ!!!!!
Já agora, ó Pepita, que história é aquela que a piton me veio contar, das festas que os pinguins andam a fazer em tua casa? E do crocodilo que aí se foi enfiar sem ser convidado?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Queres um miminho?"

Há pequenas coisas que às vezes são grandes coisas. Como essa coisa do "não te importas?.." ou do "obrigado".

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Encontros

Pessoal do sexo masculino. Só para avisar que se forem sair com uma miúda, correr tudo bem e no fim da noite ela nao vos convidar para entrar nem coiso e tal... É porque nao fez a depilaÇao ou está com o periodo!... Tenham paciência!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pronta para dar de fuga

É já amanhã. Faltam cerca de … Humm… 13 horas para o GO!!
Pois, amanhã vou passar aí um portal qualquer que me vai levar para a 4º dimensão ou assim:).
Quando chegar ao outro lado venho aqui dizer qual foi a sensação. Se doeu ou não. É verdade! Do outro lado também há computadores e Internet, parece que é Universal e multi-dimensional.
Wish me luck!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ai, é desta que me mudo!

Pois bem Pepitta. Não tinhas dito que ficavas ansiosa por ver os desenvolvimentos do meu filme? Aqui os tens.
Querias um capítulo mais entusiasmante que este? Dificilmente se arranjava.
Vou embora para o país de nuestros irmanos. Pelo menos este ano. Mais que isso não digo, porque já vi a olhos vistos que a minha vida não pode ser feita à base de planos!
Mas graças a esta maravilha que é a Internet, vou poder continuar a “colaborar” (que palavra tão chique) contigo neste blog, mas quiçá! criar outro só para a minha experiência abroad?! Lol. É um caso a ver.

Antes de ir embora, voltarei aqui para escrever mais qualquer coisinha, não pensem!
Até já.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Os best of's.

Eu sei que a Tata tem qualquer coisa a dizer sobre eles, mas para saber a opinião dela tenho de pensar primeiro na minha.
Ora então cá vai: os Best of's para mim só fazem sentido se o artista, das duas uma, ou já não vai fazer mais nada na música, ou se já tem uma carreira de pelo menos 10 anos e não pensa em fazer nada durante uns tempos. Mais. Só fazem sentido se tiverem boas músicas, daquelas que toda a gente conhece se por acaso conhece minimente o artista. Não vale andar a fazer Best of's com material que não é realmente o melhor de.
Eu cá não compro best of's.
Lembram-se daquela altura em que a juventude gravava as músicas da rádio? Punha a cassete virgem e carregava no rec. Nos casos mais radicais de gravadores da idade da pedra tinhamos de carregar no rec e ficar em silêncio porque aquilo gravava o som ambiente tipo microfone. (Tive um assim e gravava músicas com o gravador colado à televisão quando dava o Top mais).
Ora bem para mim isso é o clímax do Best of. Se fores fã e quiseres um Best of não precisarás concerteza de comprar um Best of. Gravas. Ou sacas que agora tá mais na moda. Comprar só faz sentido, das duas uma, ou se não conheces o artista e também não te queres dar ao trabalho de conhecer, ou se realmente o Best of desse artista é tudo o que ele tem de contributo para a música.
De qualquer das maneiras, Best of's não é mais que uma maneira preguiçosa de um artista ganhar dinheiro sem fazer nenhum. (Ou então se ele já tiver kinado é uma maneira de lhe prestar homenagem e aí, nada contra...)

Quanto aos the very best of... não percebo. Ou é o segundo Best of de alguém e aí alguém está a ser demasiado preguiçoso logo, não merece que se compre tal disparate, ou então está a querer insinuar que escolheu mal o primeiro reportório do Best of. O que também é parvo.

Best of's preferidos:
The Doors
Bob Marley & the wailers
Moloko
Marvin Gaye
...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

The Being

In a dark, dark day, as dark as the black night…

You open your eyes and what can you see? Everything’s nothing. Things around you don’t exist. It’s like if you’re blind. A blind being in a blackish world. So it makes no difference if you can’t see, because there’s nothing to watch.
But what surrounds you it’s colourful and you’re not blind. Slowly you begin to understand that. After the first impact, even if everything remains dark, you are able to recognise some shadows and forms. You’re starting to see and it’s not as dark as it seemed at the beginning.
Stopped there, minute after minute, you start gaining some confidence, while things around begin to appear. But where are you exactly? You have the perception that you’re in a corridor, a narrow one. If you stretch your arms you can touch both walls at the same time. So you touch them and you feel cold and rough. Big stones piled up like bricks. You look straight to the end of the corridor and you start seeing a light. A weak illumination, although it lets you see better the stones that surround you. Several of them are graved with words, in a coarse way. It looks like names and numbers, maybe a kind of a register of days or years.
You decide to start walking, step by step, barefooted, feeling the ground that leads you trough. Covered by a big piece of animal skin, you feel weak, but your will to know where are you and why, keeps you going. There are torches hanging on the walls but you have nothing to lighten them. Almost reaching the light at the end, only one more step…

…to be continued…

É proibida a entrada a quem não estiver espantado de existir.

Hum?

domingo, 16 de setembro de 2007

O teu papel no filme

Amanhã começam as aulas. Este vai ser um ano muito diferente e não pelas melhores razões. Mas depois do pânico, já consigo ver montes de coisas boas que dele posso tirar. É só fazer por isso. Esta filosofia é aplicável, não só à escola, mas também a todos os outros campos da minha vida.
Há momentos em que me ponho a sonhar acordada e a imaginar situações em que sou fantástica em toda e qualquer ocasião. E só faço coisas boas, que me fazem sentir bem. E não vou abaixo com nada. E se o meu percurso fosse um filme, todo o argumento estaria cheio de pontos de interesse…
Sim, é verdade, nos filmes acontecem muitas coisas más. E é aí que sobressaem os heróis, aqueles a quem são dados os principais papéis. São eles que passam por todas as agruras, porque decidem ter coragem de arriscar, de dar um passo em direcção ao incerto, ou simplesmente enfrentar um problema. Mas são personagens ainda mais fantásticos porque conseguem passar por todos os contratempos e sair melhores e mais ricos. Sofrem e curam-se ganhando uns bónus extra. E no fim são os mais conhecidos e reconhecidos, os mais admirados (e por vezes os mais detestados também…).
Já os personagens a quem só acontecem coisas más e acabam por desaparecer do ecrã por não as ultrapassarem ou aqueles a quem nada de mal acontece, tudo é tão fácil e simples que acabam por se desvanecer no cenário, são os personagens secundários ou até mesmo figurantes.
Desaparecer do ecrã ninguém quer.
Agora… Será que é preferível ser feliz quase sem que dêem por nós, ou sofrer e rir sendo admirado por isso?
E será que temos escolha?
Hum hum. O argumento já está escrito, mas o nosso guião somos nós que o escrevemos.
E tu? Já assinaste o teu contracto?

Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado IV – Islândia

Iceland...A terra do gelo...
Ufa! Depois de tanto remar e até de andar um pouco à deriva, cá cheguei a terra firme.
Venho com uma expectativa muito alta. Li em qualquer lado que este é um dos melhores países do Mundo para se viver, com uma qualidade de vida muito elevada. Sabem qual é o salário mínimo destes senhores?! 3000 euros por mês!!! Mas também é tudo muito caro, porque quase tudo é importado.
Outro ponto que achei muito curioso, é o facto de não terem exército. Acho que assim ninguém os deve atacar, não?! :) Além disso já vi que os polícias não andam armados por que a criminalidade é estupidamente baixa!
Assim à primeira vista, não me parecem muito amistosos… Mas… Pode ser só a primeira impressão por ainda não ter encontrado nenhum senhor para conversar…:(
Depois de uma longa caminhada por vales e montanhas, cataratas, de ver os géisers (os orgasmos da natureza!), os lagos, as lagoas, os vulcões, os vales, os rios, os dias intermináveis e o sol da meia-noite... ouvi uma voz. Procurei, procurei, porque já estava farta de estar sozinha e de não ouvir ninguém! Foi então que a vi. Uma senhora muito velha, muito feia, com uns olhos muito bonitos, que me contou uma história mais velha que a pedra onde estava sentada…Os celtas, quando foram colonizar a ilha, levaram consigo as mulheres mais bonitas da Escócia e da Irlanda. Pois então, tenho a minha fasquia muito alta também neste campo! Sempre vai servir para aconselhar os amigos (ou não), a uma visita a este país. Do pouco que conheço acerca desta população feminina, não tenho muito boa imagem. Ocorre-me a Björk… Isto, juntamente com a senhora que estava a falar e outras que vi em Reykjavik, fez-me tirar uma conclusão… A mistura genética ao longo de tantos anos estragou parcialmente o trabalho que os antepassados desta gente tiveram, ao seleccionar com tanto cuidado as progenitoras. Se bem que a beleza é um conceito que varia ao longo do tempo e do espaço.
Eu cá me mantenho com a minha beleza intemporal, seja lá em que país desta minha demanda for… E que bem que fiquei no meu biquini prrréééétoo a entrar na Lagoa Azul. (se calhar, se disser isto muitas vezes, acabo por me convencer:-D)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Duo? não obrigado

Ontem experimentei enfim o Chocapic Duo.
Para começar há que referir que a proporção entre os flocos de chocolate e de chocolate branco é bastante desigual: o que à partida poderia parecer uma desvantagem, mas vamos constatar já de seguida que não é.
Provo um floco de chocolate branco seco para analisar o paladar e verifico que tem um certo je ne sais quoi, que é realmente isso, não sei o quê. Não sei ao que é que sabe, mas a chocolate branco só tiradinho a ferros. Mando tudo para a tigela e adiciono o leite. O leite parece acentuar o sabor dos flocos de chocolate branco, fica de facto melhor, mas a mixórdia global fica aquém das expectativas.
Aqueles flocos acrescentam muito pouco á mistura e o facto é que andamos sempre á procura dos flocos originais que, esses sim, dão aquele pequeno-almoço (e não só) tão gostoso que já todos conhecemos.
O duo, não tá mau; o original, tá muito melhor.

Avaliação geral: come-se bem, mas não convence. O original será sempre preferível.

Thumbs up

Hoje fui ao spa.
Ponham uns sininhos a tocar e imaginem nuvens fofas e chocolate. Pepitas de chocolate.
Depois adicionem um cházinho, biscoitos e um soninho.
Não é para fazer pirraça (hum interessante) é só mesmo para agradecer:
Obrigado meus amigos do fundo do coração
por me terem dado este grande presentão.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Mais um dia

Este foi provavelmente o ano em que ouvi falar menos do 11 de Setembro.
Nos dias que correm não me é difícil esquecer em que dia estou. Ás vezes não sei qual é o dia da semana, muitas vezes não sei qual o dia do mês, mas hoje, por acaso, tive de assinar um papel. Perguntei à senhora: "que dia é hoje?"
Senhora: "11 de Setembro. O mítico."
Ora lá está, que tipo de ignóbil sou eu que nem me lembro que hoje é dia 11 do 9. Eu culpo a Maddie pela minha imbecilidade.
Todos os anos os Telejornais abrem com as imagens das torres gémeas a cair. Documentários, entrevistas, forúns, discussões sobre terrorismo começam a ser transmitidos alguns dias antes para me lembrar que foi assim que tudo aconteceu e que ainda nada foi esquecido.
Mas este ano não foi assim. A referência ao dia apareceu a meio dos telejornais e até agora ainda só vi um ou dois filmes sobre o assunto. A saga dos MacCan está em alta e tudo o resto são notícias que vêem depois.
Porque faz hoje 6 anos que o "mundo mudou", mas também fazem hoje 132 dias que a Madeleine desapareceu.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Tenho fome!!

A minha mãe comprou Chocapic Duo. Tem flocos de chocolate e chocolate branco! Vou provar e assim que tiver uma opinião formada digo como foi a experiência.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Grande Opinião pública

nia diz:
tou a ver a opinião pública da sic noticias
nia diz:
brutal, já toda a gente acha k a mãe da maddie é alta assassina. Com cada brugessa a ligar pa lá.
Help diz:
lolololololol, olha o anhanço
nia diz:
"ela anda de um lado p o outro sem deitar uma lágrima parece um boneco!"
nia diz:
outro, "eu acho k ha rabo de gato escondido por fora e há ingleses envolvidos nisto" ??? só opiniões espectaculares.
nia diz:
"isto foi tudo mto bem combinado! vieram para portugal fazer este filme p fazerem o nosso pais parecer mal!"
Help diz:
lol gosto. ng falou do swing?
nia diz:
n ate ag n
Help diz:
liga pa la e diz, "eu pa mim é tudo uma cambada de swingueiros, incluindo as crianças, se calhar a maddie fugiu, coitadinha. eles k vão swingar po pais deles
nia diz:
sim adorava k alguem falasse disso
nia diz:
"eu acho k isto é um filme de quinta categoria", diz a maria henriques, que tá mm mto revoltada.
nia diz:
"o nosso governo tb tem culpas no cartorio"
Help diz:
o governo? lol
nia diz:
sim. esta disparou p todo o lado
nia diz:
"concordo k tenha sido um acidente derivado das bebidas e das comidas das... vá lá brincadeiras que eles vieram fazer p o nosso pais". lolol genial.
Help diz:
lololol eu sabia, o swing aparece sp
nia diz:
sim, mas n desenvolveu. Ficou bue tempo ate dizer a palavra "brincadeiras"
nia diz:
tava c vergonha
Help diz:
lol
nia:
ai, lol

Viver depressa e morrer jovem

As estrelas do rock têm maior probabilidade de morrer mais cedo que o resto da população. Será isto verdade? Parece a todos que sim, inclusivé a uns cientistas que fizeram o estudo sobre isso.
Os ditos viram que cerca de 100 músicos morreram entre 1956 e 2005. Mais de 1/4 das mortes deveram-se a abusos de alcóol ou drogas.
Por exemplo, Jimmy Hendrix morreu depois de beber um mau cocktail de vinho e nove comprimidos para dormir. Janis Joplin e Jim Morrison morreram com uma overdose de heroína e Kurt Cobain com um tiro na cabeça. Tinham todos nada mais nada menos que 27 anos.
Loucura, loucura, viver á grande e tal, morrer jovem, lá está, qual James Dean. Big desperdicio.

O estudo (vago não referir a fonte) mostra que estas celebridades têm mais do dobro de probabilidades de morrer cedo, e isso é capaz de acontecer apenas 5 anos depois de alcançarem sucesso.
Os norte-americanos morrem com uma média de 42 anos, já os europeus, ainda mais desvairados, por volta dos 35. Parece que têm a esperança média de vida da Etiópia, só que com a qualidade de vida da Suiça.

Por tudo isto; as nossas estrelas deviam ter acesso a este estudo e abrandar. Bem vistas as coisas ingressaram numa profissão de alto risco. Romana, António Manuel Ribeiro, FF! Altissimo risco.

Poesia

Tinha um coração,
cheio de paixão,
e apesar de dizerem que não
dentro de mim não havia solidão,
pois parecia um avião
cheio de sonhos e imaginação.
Até que chegou um dia,
e como por magia
parecia que já nada sabia
do que pelo meu coração ia,
senti um arrepio..
o que raio seria?
Fui ver.. a neve caia.

Afinal eras tu
a dançar de tutú
a comer arroz crú
E a olhar para o meu menú!

Afinal, oh Romeu
a palpitação que me deu
foi por o coração meu
não estar a dançar perto do teu.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O rumo na bruma pumba

Querias um rumo para este blog, mas eu não sei bem para onde virar.
O rumo está entre as brumas e olha, por isso é que o sol é amarelo.

Nadica de nada

Eu ficar tanto tempo sem escrever que não saber mais escrever. Eu quando não saber escrever, falar á camone.
O problema é que eu ser pseudo-jornalista. Dar jeito a mim saber escrever.
Se bem que escrever bem implica ter alguma coisa para dizer. Nem que seja saber escrever sobre o não ter que escrever.
Eu não sou boa nisso.
Eu sou boa a atravessar estradas, a fazer zappings, a decorar músicas da rádio, a fazer cafunés.
Não sou boa a escrever sobre nada. A falar sobre nada sou razoável, mas a escrever sobre nada, mediocre.
Por isso vou escrever sobre alguma coisa. Sobre aquela coisa gira que é a minha vida. Cada vez que penso nisso sei que um só post não seria o suficiente para abranger toda a complexidade do meu ser, então por isso e por hoje ficamos por aqui.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Pepita de volta à Botica!

Wwweeeeeeeee!!!!!!!!!!!!......
Quero dar as reboas-vindas à nossa Pepita!
Senti muito a tua falta por estas bandas!
Já viste as porcarias que escrevi para não haver tempos mortos por aqui? Para preencher o vazio que deixaste... :-p
Agora toca a dar uso às canetas e a dar um rumo a este blog desorientado.

sábado, 1 de setembro de 2007

Modernices

Tenho um novo computador que é um espectáculo. Tem internet e por isso, olha, estou de volta.
Uau, pensam vocês; pois é, digo eu.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Blog eco

Pois, mudei a cor de fundo desta página. Era branca.
Disseram-me que o fundo escuro no ecrã gasta muito menos energia.
Cá está. Um blog com preocupações ambientais: eco... lógico e nómico.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ser Eu é loucura

A linha entre a sanidade e a loucura é tão ténue…
Mas secalhar a minha loucura é só busca de liberdade.
E por querer fazer diferente penso que para os outros é loucura.
O peso de poder ter toda a minha vida só nas minhas mãos. Tudo depende de mim. É um peso e é tão leve, tão bom, que nunca o chego a sentir.
Acabo então por não ser livre aos meus olhos. E prendo a loucura cá dentro.
Deixo toda a gente confortável, menos o Eu dentro de mim…

…E o peso cresce, cresce…

No Verão…

…mini-saias…
…chinelos…
…tops…
…preocupações com pelos e depilações…
…tampões…
…biquinis…
…rabo-de-cavalo…
…praia…
…piscina…
…muito duche…
…gelados…
…creme hidratante…
…protector solar…
…escaldões…
…tendas e sacos cama…
…suor…
…saídas em noites quentes…
…ressacar…
…”calores”…
…grelhados e saladas…
…dormir a sesta à sombra…
…combinações e corre-corre daqui para ali…
…gastar dinheiro…
…não fazer NADA…

…?????? Cádê os Verões do costume??...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado III

Tendo que decidir, ainda em Buenos Aires, qual o meu próximo destino, achei por bem mudar radicalmente de cultura.
Passei por uma loja de artigos de campismo chamada “Si usted no puede pagar un hotel…” e comprei um barco de borracha provido, claro está, de dois remos do melhor plástico importado para a América do Sul. O destino? Islândia. E lá vou eu rumar para Norte, contra a lei da gravidade…:-D…Espero que o barquito se aguente.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado II - Argentina

Já com o pé em terra firme, em Buenos Aires. Aqui são menos 4h que em Lisboa.
Esta cidade está mesmo ao lado de um rio. Sentado na margem encontrei um homem com uma cartola com buracos na cabeça, cabelos compridos muito finos, uma verruga no nariz, cigarro na boca, unhas grandes, casaca com abas de grilo, camisa por fora lilás com bolas brancas, calças justas pretas e nos pés umas Jimmy Doyle old school. Decidi perguntar-lhe: “Bom dia, como se chama?” (Aprendi esta técnica com uma jornalista portuguesa de renome, que emite um programa em directo de Madrid para Lisboa, por volta das 4h da manhã). Disse-me que se chamava Paco.
O Paco disse-me que o rio se chama Rio da Prata. E se prata em latim é Argentum… Humm…Argentina…Está-se mesmo a ver. “Então quer dizer que aqui no rio há ou havia prata?” Foi então que ele me explicou que “NÃO!!!”. Foi o mano Caboto, que no séc. XVI chegou ao pé do rio e viu uns indígenas marados com prata nas mãos. O que o mano não sabia é que a prata tinha sido roubada a uma expedição portuguesa. Então chamou-lhe Rio de Prata porque pensava que eles estavam a tirar a prata do rio. Pffff…Que grande xoné! É natural, nem sequer se sabe se o Caboto nasceu em Inglaterra ou em Itália! Coitado…Devia ser órfão e estava desorientado na vida. De qualquer forma, a partir do nome do rio, surgiu o nome Argentina. Os portugueses são lixados. Conseguimos fazer com que uma nação e um rio ficassem para todo o sempre com um nome que não se refere a nenhuma característica sua real.
Ofereci ao Paco uma garrafinha de vodka que tinha comprado no avião. Ele viu o frasco pequenino, abriu, pôs o dedo no gargalo e passou-o por trás das orelhas, pescoço e pulsos. No fim disse-me: “Já tinha ouvido dizer que nos aviões os perfumes são mais baratos”.
Apesar de estarmos numa cidade com “bons ares”, são um bocado quentes e húmidos. Isso aliado ao facto de querer comprovar que ela tinha mesmo metro, levou-nos, a mim e ao Paco, para o mundo subterrâneo. Saímos numa estação qualquer e fomos acabar os dois num bar a dançar o tango, com uma rosa vermelha na boca.
Acho que a minha estadia na Argentina fica pela capital e deixo as Pampas, a Patagónia e a Terra do Fogo para outras viagens…”Adeus Paquito!”.

Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado I

Hoje, de repente, decidi começar a minha “Volta ao Mundo em Número de Dias Indeterminado”.
Fui buscar a minha mochila rosa-choque e meti lá dentro…1 garrafa de água (para não desidratar) … 1 pacote de mini palmiers do “sítio do costume”… a máquina fotográfica (que tinha emprestado, por isso passei pela casa da dita-cuja pessoa à socapa, entrei pela janela e trouxe-a) … 1 t-shirt (para o calor) e 1 casaco (para o frio) … 1 saia (para o calor) e umas calças (para o frio) … 1 par de meias (para ocultar o chulé) … 2 cuecas (para tapar o pipi) … ténis (para o jogging matinal) … chinelos (Havaiana pura) … óculos de Sol (só para dar estilo) … 1 relógio (só para servir de moeda de troca) … 1 lanterna (para confundir os barcos quando se aproximarem da costa) … 1 canivete suíço (para me armar em MacGayver) … produtos de higiene (porque pode ser preciso emprestar a alguém). Sim, é uma mochila deveras grande…
Depois da decisão tomada e da mala feita, faltava decidir a primeira paragem e respectivo meio de transporte para lá chegar. Precisava de um critério de decisão. Então decidi. Fui ao Google, esse livro mágico da Sabedoria Universal e escrevi “andar à deriva”. Carreguei no primeiro link, à espera de uma revelação divina, tão própria do G. Foi então que me deparei com as seguintes frases inspiradoras:
“Sem Ti eu vou continuar nesta vida sem vida Sem Ti amor meu destino é andar a deriva sem ti eu vou continuar nesta vida sem vida Sem Ti amor meu destino é ...”
Ó All Mighty! Será este um prenúncio qualquer?! Era, era um prenúncio do grande Mickael Carreira…Prenúncio de que o Google está enferrujado e que era melhor procurar outro motor…de busca.
Ainda com alguma fé no Grande G., tentei de novo essa roda da vida e escrevi “Países”. Agora sim!!!! Ele não desilude. Aconselho-vos a escreverem o mesmo e carregarem no primeiro link http://www.ibge.gov.br/paisesat/. Entrei aí e depois de um giro random com o rato sobre a imagem, de olhos fechados, carreguei. Depois de vários clicks no meio do oceano, lá carreguei em terra sólida. A feliz contemplada foi a Argentina. Pois bem, Buenos Aires será a minha primeira paragem.
Quanto ao meio de transporte, neste caso, parece-me óbvio que seria o avião, estão parvos, ou quê?!
Agora estou a caminho, quando chegar logo vos conto como é…

(To be continued)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Lyrics & «pum-pum»

Porque é que acabamos sempre por nos identificar com letras de músicas?
Principalmente quando há um ou outro problema que nos inquieta, há também sempre uma ou mais letras que se encaixam perfeitamente naquilo que estamos a sentir. Era mesmo aquilo que queríamos dizer, não era? E ,geralmente, há mais que uma música nessa situação. Uma encaixa-se mais de uma perspectiva, outra encaixa-se melhor vendo de outra… Mas todas falando do mesmo assunto. Quase sempre assuntos do coração...
Afinal há muito mais pessoas, com certeza, a sentir o mesmo que nós. Afinal a raça humana e os seus sentimentos super-hiper desenvolvidos não passam de uma paleta pequena e as variações de coração para coração não são de cor, são só de tom.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

A Princesa de Helmúria e os filhos de Odin

Uma noite alucinada em que se juntaram os filhos de Odin e a Princesa de Helmúria (Zé, é assim?!).

Viva o Favaios e a cachaça do Dudu.
Viva o Kuduro e a Pimbalhada da Grossa.
Viva o pessoal cromo das médias altas.
Viva a Dja que adormeceu.
Viva as cantigas pirosas ao som da guitarra e os desafinos ao desafio.
Viva o “umbrella”.
Viva a tocha olímpica (é p'rá tala!) e o fondue de chocolate.

Mas acima de tudo, viva a Curada!!! Que hoje é bebé. Apesar dela não ler esta treta de blog, aqui fica a homenagem.

Resultado: voltar à base no último BUS alternativo ao metro da noite. Sim, que eu só ando em BUSes alternativos.

P.S.: Acima de tudo viva o Dinha, que me trouxe do BUS ao ninho em segurança :-D

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Condições de trabalho

a) Segurança no emprego;
É cada um por si e Deus por todos. A vida é feita de altos e baixos. Um dia estamos cá, o outro ninguém sabe.
b) Duração máxima do tempo de trabalho;
Não serão ultrapassados os limites do razoável. O trabalhador abandonará o seu posto assim que terminar todo o trabalho do dia e adiantar o do dia seguinte. O tempo que gasta com isso, é com ele. Se não parar para comer, café, tabaco, usar as Instalações Sanitárias, conseguirá, em vez de 24h, completar a produção necessária em 23h.
c) Períodos mínimos de descanso;
Serão, como pedido, o mais reduzidos possível. Com esse ponto não será necessária preocupação por parte dos assalariados.
d) Férias retribuídas;
Todos os trabalhadores deverão retribuir as suas férias directa e imediatamente à entidade patronal, em sinal de agradecimento pelo salário que recebem.
e) Retribuição mínima e pagamento de trabalho suplementar;
A retribuição aos trabalhadores será de facto mínima e damos isso como garantia. O pagamento do trabalho suplementar será efectuado todos os dias 30 de cada mês (28 ou 29 no de Fevereiro), na tesouraria da empresa. Pede-se aos trabalhadores que levem o pagamento em cheque ou dinheiro vivo, retirem uma senha à chegada e aguardem pacientemente a sua vez de pagar.
f) Condições de cedência de trabalhadores por parte de empresas de trabalho temporário;
Sendo o trabalho precário um dos estandartes desta empresa, pois não gostamos de trabalhadores aborrecidos e entediados de estarem sempre a fazer a mesma coisa, temos os tramites destas condições de cedência bastante facilitados e as empresas de trabalho temporário como fontes primárias de trabalhadores.
g) Condições de cedência ocasional de trabalhadores;
A cedência de trabalhadores é completamente permitida, desde que estes se dirijam à tesouraria, retirem uma senha e entreguem o valor equivalente aos dias em que se ausentarão em cheque ou dinheiro vivo.
h) Segurança, higiene e saúde no trabalho;
Fará parte dos deveres do trabalhador esforçar-se e dar o máximo de si em todas as tarefas a que se propõe e que tem a seu cargo, não colocando em causa a segurança do material e produtos que manuseia. Deverá, também por isso, lavar sempre as mãos depois de comer, antes de tocar no material de trabalho.
i) Protecção da maternidade e paternidade;
Deverão encontrar-se devidamente protegidas. Aliás, essa é uma das nossas lutas, proteger os trabalhadores desse triste destino que os faria perder o emprego. A entidade patronal encarrega-se, inclusive, de, nobremente, fornecer preservativos aos trabalhadores.
j) Protecção do trabalho de menores;
Os menores que aqui trabalharem encontrar-se-ão devidamente protegidos. Ninguém lhes fará mal.
l) Igualdade de tratamento e não discriminação.
Não se discriminará ninguém e serão tratados como iguais, seja qual for a raça, orientação religiosa, política, idade, sexo, etc. Todos trabalharão o máximo de horas, receberão o mínimo de bonificações, elogios e condições de salubridade.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Objectivo Itália II – Assuntos do oculto

Agora que começam as férias de Verão, achei por bem deixar as universidades Italianas em paz e sossego, depois de já ter a caixa de correio cheia de mails dos desgraçados dos funcionários das secretarias e departamentos de estrangeiros: “Dear Catarina, …”
Mas é claro que em Setembro vou recomeçar os meus esforços para dar mais uns passos em direcção ao objectivo. Vão ficar a saber o meu nome de cor e salteado. Já os estou a imaginar a chegarem ao trabalho todos os dias de manhã e ligarem o computador com suores frios. A rezarem para que quando abrirem a caixa de correio electrónico não apareça “Nova mensagem - Catarina Santos”. Já para não falar da senhora do gabinete de estrangeiros da minha faculdade! Essa sim, vai dar-me água pelas barbas! Essa dá luta! Sempre no seu gabinete, sentada ao computador, de cigarro na boca, uma mulher em miniatura fisicamente, mas um macho latino lá dentro! Quando lhe perguntamos sobre universidades estrangeiras, resposta: “Para que é que já andam a querer saber disso?! Esta faculdade é muito boa, para que é que querem ir lá para fora?” Na sua voz de rezingona, música para os meus ouvidos. É assim uma espécie de Mr. Magoo, versão feminina, com TPM na menopausa...

Já hoje, descansada no meu quarto, a arrumar roupa, a fazer coisas inúteis que sabem tão bem em férias, chegou um pequeno presente para mim. (Há que frisar que quem me ofereceu este pijama não sabe nada desta história de eu querer ir para Itália). Pois era um pijama azul-bebé, de calças e t-shirt, muito girinho por sinal!
As calças têm uma só frase escrita: “Ó sole mio!! …” Ai! É italiano. Pareceu-me então que devia tomar mais atenção ao que dizia a t-shirt “Aventura in Itália” entre muitos outros textinhos em letras pequenas, escritos em italiano, “Torino a 54km”, “Venecia”, etc, etc….
Sendo um pijama, ainda por cima, tudo isto ganha um sentido onírico! O meu sonho acordada de ir para o país do Berlusconi, vai, por meio deste pijama, juntar-se realmente ao mundo dos sonhos a dormir. Parece-me bem que isto é um sinal, um prenuncio da minha emigração! Já dizia aquela grande filósofa portuguesa do século XXI, Não há coincidências!


terça-feira, 17 de julho de 2007

É desta que vou dentro

Acho que vou ser presa por associação criminosa ou coisa que o valha.
Parece que sou acusada de ter dado o meu passe social a um terrorista talibã, para que este tivesse acesso à nossa rede de metro. Tem de ser assim porque eles são muito poupados. E os preços dos transportes estão pela hora da morte (neste caso literalmente), especialmente aqueles que dão acesso à segunda zona do metro.
Sim, confesso aqui, publicamente. O senhor veio falar comigo tão simpático, explicou-me os seus problemas económicos, que já que se ia matar não podia gastar mais dinheiro que tinha de ficar para a família se poder deslocar para outros países com o mesmo propósito. É, eu sou assim…Um coração mole e fiquei logo sensibilizada. Parece que fui escolhida pela parecença com o senhor e por ter o passe que dá acesso a Odivelas e Amadora. Além do passe Lisboa Viva, ainda tive a amabilidade de lhe aconselhar a estação do Colégio Militar para executar o servicinho e mais especificamente este sábado, que há jogo na Luz. Deste modo, com tanta gente atingida, o Sr. Talibã será ainda mais reconhecido no seu país.
Só não esperava que por este gesto tão simples da minha parte, hoje me ligasse o Sr. J. da PSP a dizer que tenho de prestar uns esclarecimentos: porque é que o meu passe social foi encontrado no bolso de outro indivíduo? Como é que não dei pela falta do passe? Não o uso? E…Mas mudei de casa? Para onde?! (disse ele).
Meus amigos, se este for o meu último post, já sabem porque foi…Na prisa, a net é lenta e não dá.

terça-feira, 10 de julho de 2007

"Tia Retro"

Fui à Farmácia. Na minha indumentária de “roupa para sair à rua perto de casa”.
Ao voltar para o lar-doce-lar, reparo numa senhora. Chiquetérrimaaaa…..Louraça, acabadinha de sair do cabeleireiro, óculos escuros Dior, lábio vermelho, as suas pendurezas de ouro, camisola azul escura para dentro das calças vermelhas Ferrari justas em baixo, cinto de fivela dourada como não podia deixar de ser, sapato...(…disso não me lembro).
Estava eu tão embrenhada nesta observação da tiazorra retro, do século passado, quando reparo…na cereja no topo do bolo, que ridicularizou toda esta situação ao máximo…..
….….B E R G U I L H A A B E R T A ! ! ! ! ! !
Estive quase, quase para a avisar, mas depois pensei que lhe podia estar a estragar o esquema. A senhora podia estar a querer provar alguma coisa ao Mundo.
É assim mesmo, há que manter a postura.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Decálogo dos Condutores

(sem querer ofender ou ridicularizar ninguém, que eu também cá tenho a minha fé, mas esta instituição...hummm :-/...)

Ainda mergulhada num certo espírito italiano, lembrei-me do Vaticano.
Pois parece que esta instituição, sempre com intervenções tão produtivas, que não se mete na vida de ninguém nem na política, agora decidiu criar os Dez Mandamentos da Condução.
Eu pensava que os Dez Mandamentos que o Sr. Moisés ditou se referiam a toda a vida em geral. Mas não…

I. Não matarás.
Já existente nos “outros” Mandamentos originais. Parece que havia dúvidas principalmente acerca deste… Muitas cartas chegaram ao Vaticano com este tipo de perguntas:
- “Peço desculpa, será que matar com um veículo automóvel se inclui nesse caso?”

II. A estrada seja para ti um instrumento de comunhão, não de danos mortais.
Mais uma vez há necessidade de relembrar que não vale matar com o carrito, hã?! E vamos todos a parar os veículos em auto-estrada e dar uns abraços e beijinhos.

III. Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão.
Isto só é realmente aplicável em estrada, não no dia-a-dia.

IV. Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade, especialmente se for vítima de um acidente.
Se não houver alcatrão ou veículo envolvido, escusas de te incomodar.

V. O automóvel não seja para ti expressão de poder, de domínio e ocasião de pecado.
Humm…”ocasião de pecado”…percebem, não é? Get a room!

VI. Convence os jovens e os menos jovens a não conduzirem quando não estão em condições de o fazer.
Os que são mesmo mais velhos, visto que antiguidade é posto, adquiriram o direito de o poder fazer. Não os incomodes.

VII. Apoia as famílias das vítimas dos acidentes .
Tendo sempre presente que se refere a vítimas de acidentes automóveis e não a acidentes em geral.

VIII. Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão.
Há pessoas especializadas neste tipo de conciliação. Conseguem-na entre dois estranhos. Uma menina que anda a passear na berma da estrada e o senhor condutor, como se quer. E é verdade, eles vivem a sua experiência libertadora a dois.

IX. Na estrada, tutela a parte mais fraca.
Ela era a parte mais fraca e ele tutelou-a.

X. Sente-te responsável pelos outros.
Ele sentiu-se responsável por ela por instantes, tanto que decidiu dar-lhe um certo tipo de apoio financeiro no fim do “tutelamento”.

Objectivo Itália I

Juntando a minha vontade de sentir como é viver noutro sítio, longe daqui, com outras pessoas, outras culturas, enfim, aquele bla-bla-bla, com a minha obsessão por Itália (apesar de nunca lá ter ido), lá decidi começar realmente a empreender neste sentido.
Não contando com a possibilidade de poder ir através do programa ERASMUS, pois muito provavelmente não será possível (porque aqui a je é muito inteligente e deixou uma disciplina do 1º ano pendurada). Assim sendo, não baixando os braços à hipótese de ir estudar para o país da pasta, comecei a minha pesquisa a todas as outras alternativas.
Num excerto do Jornal Oficial da União Europeia, encontrei uma lista das faculdades europeias com títulos de formação de arquitecto reconhecidos. Fui direitinha a Itália. No site de cada uma dessas Universidades, consultei por alto a parte dedicada aos allievi stranieri e enviei e-mails (em inglês, claro) para saber, segundo as minhas condições, quais as hipóteses que cada uma me daria. Completamente parva, só de ler os sites em italiano, ficava toda excitada (quando digo excitada, é “mesmo” excitada!).
Entretanto já me responderam 5 escolas, 4 delas em inglês. Sim, surpresa das surpresas, a signora Stefania V. responde ao meu e-mail, da seguinte forma. Passo a citar:

“Prego ritrasmettere in lingua italiana.
Cordiali saluti
Stefania Volpato”

Grande Stefania. Ela manda e eu obedeço. Lá fui eu para o Babel Fish e Inter Trans, aqueles belos instrumentos de tradução on line tão fiáveis, traduzir o meu texto, quase palavra a palavra. Só me dei a este trabalho todo porque era de Veneza, aquela cidade que flutua, tão cheirosa. Com certeza uma das coisas mais cómicas que já devo ter escrito. O facto é que a Stefi respondeu. In deed!! No seu doce italiano imperativo.
E foi assim que comecei a minha caminhada, com um primeiro passito. É claro que o meu maior problema é o “money, money, it’s so funny”, já que pretendia ficar lá bastante tempo…
Mas um passo de cada vez.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Assuntos de Família

Num belo serão a três, pai, mãe e filha, em torno da TV, como se quer.
Pois que outra coisa se espera que façam? Ora, que dêem atenção áquilo que rege as suas vidas: o telemóvel, claro está. Já não se usa ter aquelas conversas em torno da lareira. Temos que nos adaptar à modernidade.
Dou por mim com o barulho da TV à frente, com o pai à esquerda a escolher o toque do seu telemóvel e a mãe à direita, a fazer exactamente o mesmo no seu. Três sons diferentes em simultâneo.
Então o que é que eu faço? Sem querer ficar atrás, mas já contente com o meu toque actual, vou buscar o meu telemóvel e ponho-me a jogar, ao som desta orquestra sinfónica familiar.
E não bastando este ataque sociológico da tecnologia, ainda venho para a internet divulgar o momento surreal em que me vi envolvida.
São estes os meus tristes tempos modernos???...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Humm...

"Now listen up, to the things I have to say, about the boys... And the girls... And the games that they play..."

aaahhhh... Depois digo noutro dia, tá bem? Agora já não me apetece.


AH!! E queria dizer que:
Sou apologista de pés descalços no tablié do carro.
(Ainda que possa irritar o condutor.)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Um dia surreal

Depois de uma manhã destas não há quem resista.
Saio a porta da rua e vejo a vizinha do prédio da frente a passear quatro tatus pelas trelas… Pensei que estava a sonhar, com tamanha anormalidade. Com trelas?! Os tatus não precisam de trela! E ainda para mais eu conheço bem estes. Costumam vir às festas cá do sótão.
Começo a andar até à paragem de autocarro e as rodas dos meus patins em linha começam a encravar. Olho para o chão e lá estavam os molhos de lã das ovelhas que moram na cave. Decidem ir à tosquia e nunca tratam de se desfazer dela. Já tinham combinado com a minha avó que ia haver uma transacção de lã para camisolas/revistas de TV semanais. Mas parece que não foi por isso que as rodas pararam... Fui mesmo eu que me esqueci de destravar.
Então destravo precisamente no momento em que vou começar a descer aquela rampa enorme! E pois, lá vou eu lançada pelo meio das vivendas todas e só paro mesmo lá ao fundo, quando embato em qualquer coisa.
Era o camião do lixo que estava a bloquear a rua. Ui! Olho para o lado e lá se foi o autocarro. Já estava atrasada e o próximo autocarro só dali a 20 min. Os senhores do lixo foram simpáticos e lá me deram boleia.
Coincidência das coincidências. Nem sabem quem eu encontrei lá no meio da comida e outras “coisas orgânicas” em decomposição: pois é, os meus inquilinos lá de cima. Estavam lá tão entretidos numa espécie de flirt com as ratazanas que nem lhes disse nada.
Bela maneira de chegar à porta da Faculdade: STYLISH!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Calamidade na noite

Grande, grande drama da noite.
Perdi o comando da TV.
Pânico.
E agora?
Estou na secretária, a estudar, tenho de me levantar para ir mudar o canal?!
Estou no sofá a cochilar, tenho de realizar um esforço muscular dessa dimensão?!
Estou para aqui a teclar e tenho de ser obrigada a ouvir aquilo?!
Será que está no meio do édredão. Será que no meio das almofadas do sofá...Será que debaixo das revistas...Ou será que foi o sacana do Fauno?...
E agora? Morro de curiosidade para saber que é que se está a passar noutro canal. Pode estar a dar o programa que vai mudar a minha vida. Alguém pode estar a dizer aquela frase profunda que se encaixa perfeitamente na minha dúvida existencial...
A perda do comando veio mudar todo o conceito de zapping para mim…Obriga-me a questionar muita coisa…

sábado, 30 de junho de 2007

Pois, a noite passada...

Depois de um dia de tristeza, passado a definhar, chegou a noite.
Sem razão aparente, o meu estado de espírito para essa noite mudou radicalmente, da noite para o dia (ou melhor, do dia para a noite).
Uma olhadela para a lua cheia que ficou completamente ofuscada pela conversa que punha o Dinha a par da novela venezuelana.
Depois uma esplanada de café que me acalmou os ânimos. E uma certeza inexplicável que a noite não ia acabar mal, apesar da conversa prometida que se adivinhava. Quando não se tem nada a perder, ou quando não se tem medo de perder nada, tudo é mais fácil.
Entretanto, dançar sentada ao som do concerto familiar do costume, brincadeiras com os amigos, completamente focadas em torno de quatro túlipas (para quem não percebe muito disto, como eu, túlipas são aqueles copos maiores de cerveja – 30cl – que desabrocham na borda como uma flor; muito poético). Pois é, e com tanta brincadeira, uma coisa puxa a outra, e outra, e mais outra…Enfim, resumindo, no fim da noite já estava eu tão, tão feliz da minha vida. Falava de qualquer assunto banal e transformava-o em motivo de festa. E bla,bla,bla, não paro de falar e sempre um sorriso parvo na cara e tudo é tão fantástico e as pessoas são tão simpáticas e boas. E borboletas e elevadores e chupas de morango e serpentinas. Capto as imagens como fotografias e algumas, que belas fotografias que foram.
Entretanto, como de costume, tento ter a certeza de tudo o que disse e fiz. Tento imaginar-me de fora para ter a certeza que as figuras não foram tão infelizes como penso…Mas…Se calhar…Se calhar foram mesmo. E agora, pronto…Não me parece que haja volta a dar, que a impressão já está criada.

Mais uma daquelas acalmias temporárias. Aqueles momentos em que decido que não pensar muito no assunto é mais confortável, porque pensar e tentar resolver dá muito trabalho, dor de cabeça e chatice.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Capítulo 1º no Blog, 1548º na vida real

Mais uns capítulos da minha novela venezuelana preferida: “A Minha Vida”.
Pois, já se adivinhava que a tormenta estava para vir. Mesmo quando o Sol ainda estava a brilhar, era óbvio que vinha aí uma grande tempestade.
Foi só eu ligar a ventoinha e grande ventania que se levantou. Com muitos aguaceiros para os meus lados.
Por enquanto ainda estou dentro do tornado. Há duas maneiras de sair. Cada uma com coisas positivas e negativas. Mas sendo sincera. Eu tenho bem noção qual das duas é a certa. Aquela que vai trazer um tufão, que vai deixar muitos estragos, mas que vai passar e ir embora, como sempre fez. A outra, simplesmente amaina o tornado, mas não me tira lá de dentro, por período indeterminado (se bem que já não sei se esta é sequer possível). Ninguém sabe se com o tempo esse funil de vento, chuva e detritos se extinguiria. Porque os senhores da meteorologia não são muito bons nas suas previsões…

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Don't stop

"Don't stop trying, there's always reason to go on living
as long as long as you can breathe
stay clear of extremes
just say what you mean
but try not to be mean
you should say thank you often, like your hair
wave to strangers everywhere
do what your supposed to do
don't look at what the others do
think before you buy a car,
don't marry someone you met at a bar
there's no such thing as going too far
love who you are
don't be scared of what's ahead
but wear a helmet to protect your head
be aware, say you care , don't say fair...
Stay close to the hands that raised you
watch for signs
never waste expensive wine
spoil your body, spoil yourself
never cheat and share your wealth
sing when you're glad
close the door if you sound bad
don't believe a man who knows he's right
don't skip ahead, enjoy your flight
be nice to your dog, drive slow in the fog
convince yourself to write a song
change clothes everyday
call ahead when you're late
be safe when you're planning to get laid
read what you like
be on your brother's side
it's okay to wonder why
but don't expect to understand your life
don't expect to understand your life ... "

(sarah bettens)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Em honra de Pepitta

Ultimamente a Pepitta não tem aparecido por aqui. Parece que anda com uma repulsa qualquer involuntária à tecnologia! Pobrezinha :-p. Como lhe falta de alguma forma um instrumento de trabalho, parece que não a vamos ver aqui com tanta frequência nos próximos tempos. Mas Pepitta, por favor, esforça-te para arranjares maneira de colares aqui umas folhinhas!!!

terça-feira, 26 de junho de 2007

He wonders

OK.
I’m a bear.
My name is Teddy. How original.
I live in a forest.
Don’t know the name. What difference does it make?
I wonder what does it mean when the flowers start to grow, coming from the ground and up in the trees.
I wonder what does it mean when the same trees start becoming yellow, orange and brown. And then spread those colours trough the ground with their leaves.
Then I go to sleep and I wonder why are all my dreams so cold.

But above all, I wonder why does the salmon, that little bustard, swims against the water flow.
Come on, for God sake, you don't need to get that tired...Just follow the flow, please. What?! You need a traffic sign?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Conversa com o Fauno

Mais um meio-dia em que acordo. Não, não vivo só quase metade das horas por que me deito de madrugada. Foi o caso de hoje.
Esta noite estive até às 4h com o Fauno (que também vive no meu sótão).
É, como se costuma dizer, um bacano. Gostei da ideia e lá fui eu. Andámos pelas ruas de Lisboa, sem destino. Ele, claro, sempre com a sua garrafita da “tal” substância incolor, com odor a etílico. Comecei então a tentar perceber porque é que o corpo dele é uma misturada tão grande.
Eu não fazia ideia que ele tinha uma origem tão…importante! Hmm hmm. Começou por ser um Deus Romano!!! Uauh. Mas perdeu o carácter divino e foi despromovido a divindade do campo. Gostava de saber que piiiiii é que ele fez.
- Fauno, porque é que tens uma voz tão estranha? Tens problemas de estômago e estás sempre a arrotar, é isso?
- Eu exijo respeito!!!! Os ecos e sons do bosque são atribuídos à minha voz!!!
- Fauno…
-Bem, sim…Já tenho a consulta marcada para o gastrenterologista...
Diz-se que ele protege as lavouras e os rebanhos. É assim como uma divindade silvestre ou coisa que o valha. É, é bonzinho, mas é assustador p’a caraças!!!
Nem imaginam o dia em que o conheci. Estava “lá em cima” (“o mundo lá de cima”. Não, não é o meu mundo de fantasia, existe mesmo!), á noite a ver TV, refastelada no sofá quando começo a ouvir uma voz rouca e um vulto enorme e disforme a surgir da sombra! AHHHHHH!!!
- Alto lá! Eu não sou disforme!
-Ó Fauno, pronto, desculpa, tens é uma forma diferente. Agora deixa-me continuar com a história.
Pronto, ele aparece, eu borro-me de medo, mas depois ele tenta acalmar-me, a conversar comigo e que rico serão acabámos por ali passar os dois.
Tem uma barba comprida (é mais uma barbicha) e anda vestido com pele de cabra.
- Mas a cabra está na moda?
- Sim, Tats, mas nem todos a podem usar. Os gnomos, por exemplo, não têm corpo para isso.
- E os chifres, cauda e cascos de bode que tens para aí? Isso é porquê? A tua mulher enganou-te, andaste a ver o Sangoku e é uma moda de sapatos?
- Bem, deixa-te desses comentários parvos e desrespeitosos. Quanto aos cascos de bode, ajudam-me a ter os meus pezinhos de cinderela sempre impecáveis . A cauda foi mesmo lá um deus romano que mo pôs. Eles não têm qualquer noção de estética. Nisso os Grecos ultrapassam-os. Os chifres, bem, não comento.
Bem, o Fauno não é imortal. Mas vive muito, muito tempo…Parece que vou ter de o aturar durante uns bons anos no meu sótão…Mas como ele é bem disposto, faz companhia aos ratos e fica tudo bem.
Só houve uma coisa que me chocou. Deveras. Existe uma Fauna. Mesmo! Nunca a vi. Mas parece que ela pode ser mulher, irmã ou filha dele. Pffffff….E falava eu da “minha” novela venezuelana!

a olhar

Vi clarões vindos de todo o lado. Iluminaram-te de tal maneira que eu tive de ficar a olhar.

sábado, 23 de junho de 2007

A areia

Quase que não consigo ter os olhos abertos. Não sei se é do sono, se da areia que me entrou para a cavidade ocular hoje.
Apanhei trânsito, demorei meia hora a estacionar, suei, gastei dinheiro, apanhei tarados na estrada. Mas, tranquilamente, continuei sem me queixar.
Eu não me importo de passar por tudo isto, porque vou para a praia. O sítio mais bom de todos os sítios.
Mas hoje fui ao engano.
Estava brasa em Las velas, estava brasa no caminho para lá, estava brasa no parque de estacionamento, mas na praia não estava brasa. Estava muito vento.
E agora estou cansada e quase não consigo abrir os olhos. Mas não deve ser do sono. Deve ser da tristeza e claro, da areia.

Diferentes conceitos de cara-metade

Dinha: Eu sou a carteira, tu és o dinheiro.
Tats: Eu sou a uva e tu a grainha.
Dinha: Eu sou o vento e tu és o papagaio.
Tats: Eu sou o lápis e tu o risco.
Dinha: Eu sou a ostra e tu a pérola.
Tats: Eu sou o palheiro e tu a agulha.
Dinha: Eu sou a chuva e tu a poça.
Tats: Eu sou o milho e tu a pipoca.
Dinha: Eu sou a abelha e tu o pólen.
Tats: Tu és a formiga e eu a migalha.
Dinha: Eu sou a pauta e tu as notas.
Tats: Tu és o farol e eu o barco.
Dinha: Eu sou o oceano e tu a Lua.
Tats: Eu sou o cão e tu a pulga.
Dinha: Eu sou o Verão e tu a praia.
Tats: Eu sou o decote e tu as mamas.
Dinha: Eu sou o esquilo e tu a minha bolota.
Tats: Eu sou o rego e tu a bufa que sobe.
Dinha: Eu sou o chapéu e tu a cabeça.
Tats: Eu sou o ponto e tu o nó.
Dinha: Eu sou isto e tu aquilo.
Tats: Tu és o frio e eu o cobertor.
Dinha: Tu és as paredes e eu sou o teu telhado.
Tats: Eu sou a dor e tu o ai.
Dinha: Eu sou o cabelo e tu a escova.
Tats: Tu és o robin do meu Batman.
Dinha: Tu és o penso da minha ferida.
Tats: Tu és o pó da minha estante.
Dinha: Tu és os legumes da minha sopa.
Tats: Tu és a lagarta na minha alface.
Dinha: Eu sou o cavalo e tu o meu estábulo.
Tats: Tu és a linha do meu horizonte.
Dinha: Tu és a areia da minha duna.
Tats: Eu sou o brinquedo do teu happy Meal.
Dinha: Tu és a surpresa no meu ovo Kinder.
Tats: Eu sou o mergulho e tu a onda que vem.
Dinha: Tu és o movimento no meio do parado.
Tats: Eu sou a nostalgia e tu o suspiro.

Crise de quase 1/4 de idade

Não há pachorra…porque é que volta não volta me vem aquela sensação de que me falta qualquer coisa. Ou seja. Eu sei que não estou completamente bem na situação em que estou agora, aqui. No entanto, não sou capaz de dizer o que é que me faria, neste exacto momento, ficar a sentir bem. Por exemplo. Se calhar bastava um simples passeio, lanchar. Ou então ir praia (mas vim de lá ontem!). Ou talvez seja ver alguém mais específico, conversar. Hmmm… Não sei mesmo. O que eu sei é que tenho muito que fazer, mas hoje não me apetece fazer nada. O meu “Eu” irresponsável, ultimamente, tem vindo muito à tona.
E é nestas alturas que me vem aquela minha ideia muuuuuito recorrente. Acho que a única coisa que eu sei que queria realmente era sair daqui. Bem, não é uma solução pequena e fácil, como o tal passeio ou o que quer que seja. Mas talvez para mim essa fosse a solução para me sentir bem (apesar de complicada), porque talvez o problema não seja assim tão simples. E para grandes males, grandes remédios.
Que grande confusão que está a ficar este texto. Acho que não me estou a conseguir explicar! Ora bem. Se não houvesse qualquer tipo de impedimento: monetário, familiar, social, etc. Se toda a minha vida dependesse só de mim. Se não houvesse uma grande organização secreta a controlar a minha vida, às vezes subliminarmente, às vezes à descarada! (sim, são uns senhores com cerca de 40cm de altura, fato escuro e gravata, uma pasta e óculos de massa – sacanas) Bem, o que eu faria era inscrever-me numa universidade de um outro país e ir embora daqui, chegar sozinha, reconstruir a minha mini-sociedade envolvente, continuar o curso, com todos os dramas e esterias de riso e pronto.
Porque … Parece que começo a sentir-me sufocada no meu Mundo, é pequeno demais e ainda por cima está a ficar estéril. Vejo-me de fora e não era bem esta a vida que eu queria viver.
Mas como não consigo reunir condições para isso, ou se calhar também não me esforço porque não tenho coragem de enfrentar todos os entraves que surgiriam, ou até porque no fundo penso que isto poderá ser mais uma fase parva que passará…vou-me deixando ficar e a tentar viver o melhor que posso e sei! No meio da minha novela venezuelana, que parece que agora acalmou, pelo menos aparentemente…mal posso esperar pelos próximos episódios!

terça-feira, 19 de junho de 2007

D. in Taj Mahal

I think I’m getting sick. My throat hurts, I’ve been sneezing, and I’m sleepy (well, that’s not really a new…). Finally and above all, I’m getting sick just for thinking about everything I still have to study.
Well, one of the things that would cheer me up would be seeing Mr. D. dancing around the fire, drinking vodka with the mice that live in my attic!
But Mr. D. is far, far away…So I guess I’ll have to content with him saying he’s doing it and me imagining it.
D. said he was going to Taj Mahal. I believed it i-m-m-e-d-i-a-t-e-l-y. I’m so happy for him…(Please take lots of pictures for me to see!)
I’m the one who is going to give him the address. Can you believe it? Yep, that’s because I’m Einstein. You didn’t know it either, right? But D. was the first one to recognize it.
I only have one concern about this trip. I’ve seen pictures of Taj Mahal. It has a big lake in front of the mausoleum. With such an amount of water, I wonder how will he manage to do his tribal dances around the fire!!!???
Mr. D.: water extinguishes the fire.
And I’ve also been told that the mice don’t like water…So, please D., take care of vodka bottles. Do not trade it for water, because the colour is similar.
After my advices I just want to wish you a nice trip.

P.S.: Don’t forget to feed the cow.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

1 dos 7

A inveja é um sentimento lixado, principalmente porque não se entende de onde é que ela vem.
Está uma pessoa na sua vidinha e de repente, pumba, inveja.
O chato da inveja é que é um sentimento que aparece numa altura em que geralmente o assunto não nos diz respeito.

Os outros pecados por exemplo, não são assim.
Sentimos gula quando a nossa cabeça pede mais, sentimos ira quando alguém nos chateia. Sentimos luxúria quando somos tentados, sentimos preguiça quando deviamos trabalhar, ganância quando queremos bué, vaidade quando nos achamos o máximo.

Agora a inveja, a porca, aparece quando não é nada connosco. Quando acontece alguma coisa aos outros que nós gostavamos que não acontecesse, porque faz com não nos tenha acontecido primeiro.
E depois uma pessoa tem de por um sorriso amarelo e dizer epa muito bem e tal.
E a inveja ainda para ser mais rota, nunca vem só. Muito provavelmente se estás com inveja vais ter de ser cínico também. Ou hostil. Não dá para teres inveja e seres uma flôr de pessoa. Só se fores um cacto, ou uma azeda (aquelas flores que chupavamos quando eramos miúdos porque deviamos ser parvos, porque sabiam mal como tudo).

Há coisa de um mês decidi participar na jukebox da vh1. Fiz a lista e fiquei á espera de ser seleccionada. Falei sobre o assunto no café: revelei as minhas escolhas, o nome da minha selecção, o procedimento, a expectativa...
O meu amigo Bifes decidiu, no desafio, criar uma playlist para ver se a dele era seleccionada. Entre outras coisas que não conheço, dizem que escolheu Mika... A dele foi selecionada e a minha não.
A inveja é um sentimento muito feio.

Entrega

As pessoas com quem tenho falado ultimamente (e quando digo “ultimamente” refiro-me às últimas semanas ou até meses), sabem que não tenho falado em muita coisa senão “no projecto que ando a fazer e que nunca mais acaba” – O Never Ending Project.
Pois, parece que esta alcunha se veio mesmo a verificar e provou ser mais que verdadeira.
Quando eu pensava, finalmente, já me ter visto livre deste meu querido trabalhinho de fazer desenhos rigorosos bonitos e perfeitinhos e de construir casinhas de bonecas…afinal de contas…não!!! Depois de dias sem ver a rua… (bem, não foi assim tanto, não sou capaz disso). Então, PORQUÊ?! (se calhar por essa mesma coisa que está escrita no parêntesis anterior).
Bom, o Sr. Professor apontou alguns defeitos (alguns…lol) ao meu querido trabalho, lindo, dotado de tantas qualidades…até toca piano e fala francês!
Pois vou ter de ir a exame em Julho, o que significa que as minhas férias de Verão só vão começar dia 21 desse mês (aconteça o que acontecer, dê lá por onde der, para o bem e para o mal). O que me poderia consolar mas não consola, é que grande percentagem dos alunos do meu ano vão a exame no mesmo dia que eu…É sempre um momento lindo. A maior quantidade de stress que possam imaginar a pairar no ar, quase que não se consegue respirar. Mas eu não entendo porquê! Um ambiente tão mimoso, com casinhas de bonecas e desenhinhos fofos por todo o lado! Faço um apelo:
- Queridos colegas! Porquê stressar?! O júri não passa de um conjunto de pessoas que tentam reprimir a sua fase de infância e querem arranjar uma maneira oculta de continuar a brincar…e passam ali na escola, toda a vida, a tentar encontrar a Casa de Bonecas perfeita, a dos seus sonhos. Como nenhuma os satisfaz, ficam tão irritados, que desatam a ralhar connosco tendo como desculpa “assim não vais ser um bom arquitecto”.

sábado, 16 de junho de 2007

Noite de chuva

Noite de chuva.
Cidade.
Pouco frio.
Não se vai para casa, nem para outro lado.
As conversas rolam sem grande importância.
Que é que fazes?
Candeeiro de estrada, luz amarela.
Corres para debaixo dele e olhas para cima.
Que é que vês?
...

Nostalgia!

(além da cara toda molhada e uns pingos dentro dos olhos...bonito...)

P.S.: Não aconselhado a pessoas com óculos. A não ser que providos de limpa pára-brisas.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Champô vs. champú

Ahh o champô marca carrefour... (eu bem disse "que diabos me levem" se não falava sobre isto hoje. Sou miúda de palavra).
Aliás, Champú de miel, como diz a simplória embalagem.
Há mil marcas no supermercado, umas mais conhecidas que outras, umas mais caras que outras, umas mais bonitas que outras. E sim, é verdade que existe champô para tudo o que é tipo de cabelo e como não sou fiel a nenhuma marca, gosto de ir experimentando várias promessas e cheiros. E isso se calhar foi o que lixou o esquema todo do processo de escolha da minha mãe.
Como estamos em tempos de crise, até compreendo que se calhar entre um Pantene e um Elvive, venha de lá o mais baratucho, até porque assim como assim eles servem todos para o mesmo.
Mas não vamos ser assim tão forretas familia! Querem comprar marca carrefour comprem detergente carrefour, comprem papel higiénico carrefour, lenços carrefour... agora comprarem um champô que tem o dobro da quantidade a metade do preço para eu meter na cabeça, e que não promete cabelo mais brilhante e forte, epa não me dá confiança.

Calma, se calhar estou a ser mal agradecida.
Se estivesse numa ilha deserta nem o Champú de miel tinha e olha, muita falta me ia fazer! Eu acho é que a minha mãe quer ver se me fortalece o espirito com isto: "Deixa-te de mariquices, tu consegues sobreviver com champô da treta sim senhora!".
Ah e consigo mesmo caraças! (Desde que para a próxima, pronto, voltem a comprar uma coisa como deve de ser...)

Se me pagassem para isto é que era

Hoje ainda não bebi água, só coca-cola. Estou a tentar bater o record: quanto tempo aguento só a beber aquilo sem que me saltem os olhos das órbitas.
Depois não percebo porque é que ando para aí a arrotar e com quebras. É porque não bebo água.
De qualquer maneira sento-me com a lata de coca-cola pertinho e começo a procurar música. Eu cá, sem complexos, procuro de tudo: ele é clássica, ele é cheesy pop, indie rock, é tudo. É claro que quando digo "sem complexos" leia-se, "ninguém precisa de saber que já saquei hoje 3 músicas da Beyoncé".
E assim fico a saber montes de coisas, por exemplo que o William Orbit colaborou com a Pink numa música escrita pelo Beck, ou que os berros do Prince soam a choro de pombas.
Eu também tenho amigos, é verdade. Ás vezes falamos muitos e até saimos algumas vezes!
Hoje um deles até me disse: sim senhora, isso é que para aí vai uma existência!
Estúpido...
Só por causa disso vou alí ao café beber uma coca-colinha...

Vodka Party

Hoje os ratos cá de casa estão muito irrequietos.
De manhã acordei com as correrias deles no andar de cima.
Acho que ainda estavam a continuar a festa da vodka de ontem à noite.
Se isto não acabar vou ter de falar com o proprietário ou então passar a juntar-me às festas.

Hoje vou deixar-lhes um bilhete a pedir um bocadinho mais de silêncio e que por favor parem com o disco sound !!

Rabiscos

Olá..

Posso entrar?

A segunda criatura magnífica junta-se assim oficialmente ao espaço reservado para a libertação das famosas diarreias mentais, evacoações essas que muitas vezes se formaram e se perderam em conversetas no msn (sim porque nós somos miúdas que teclam).
Vou-me aconchegar aqui entre o chéché e a tátá...
Hum e pronto, hoje vim só por a "caneta" a funcionar no caderninho virtual também por alguns intitulado como "querido diário/sitio onde mostro o meu lado mais sensível e intelectualidade espectacularmente profunda/espaço onde posso escrever sobre o meu umbiguinho que é tão engraçado".

Mas amanhã diabos me levem se não tenho umas coisas a dizer sobre a última compra cá de casa: shampô do carrefour.

Até lá, obrigado e boas noites!
Clap clap clap clap clap clap clap clap clap

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sr. Dinha

O Sr. Dinha é meu amigo. Ontem estivemos os dois a tentar estudar sentados na mesa quadrada. Um em frente ao outro. Eu a fazer os riscos do costume e ele com um molho de folhas à frente.
Pus-me a olhar para ele. Com a t-shirt souvenir que lhe trouxe de Paris, cotovelos na mesa, ar de quem está a olhar, mas não está a ver nada. Acho que ele pensa que o facto de tentar dar um ar concentrado lhe dá mesmo concentração.
Depois de eu ter chegado à brilhante conclusão de que ele não estava com a mínima atenção naquilo que estava a ler, ouço-o a sussurrar…
- Querias tu…
Pois parece que o Dinha tem uma capacidade fantástica de se focar no que realmente não interessa. Como, por exemplo, os comentários que os colegas lhe escrevem no caderno durante as aulas. Parece que este foi porque o Sr. escreveu a data da aula com o ano errado (um ano a seguir). Se houvesse um teste de uma disciplina chamado Sabedoria Inútil dos Aluados, ele com certeza tinha 20 valores!
Pois é…E depois disto ainda é o Sr. Dinha que me pergunta a mim:
- És parvinha?
- E tu? És totó!
Pois eu e o Dinha temos este tipo de conversas da treta, mas temos muitas outras também…Mais ou menos interessantes dependendo do ponto de vista. Um dos tipos de conversa mais interessante que já tivemos foi quando eu saí de casa e ele elogiou as minhas calças. É só por isso que sou amiga dele. O Sr. Dinha Gosta das minhas calças de hip-hop.
Por isso, viva o Dinha…Que já deve estar a tocar à campainha!

Conversa com o Candeeiro

Tenho um candeeiro.
É claro que muita gente tem um candeeiro...Toda a gente tem muitos candeeiros...Mas o meu candeeiro é diferente. O meu candeeiro está sempre comigo, pertinho de mim nas horas mais difíceis, ou pelo menos naquelas em que a preocupação é tão grande que não me deixa pensar nem sorrir! O meu candeeiro costuma estar sempre ao meu lado. E quando preciso de o ter mais próximo ainda é só puxar e a sua cabecinha aproxima-se logo da minha.
Eu tenho um candeeiro elegante, muito elegante, de pé, alto, fino, com estilo. Metal, light metal.
Ele gosta muito de olhar para mim e para as minhas folhas brancas. A pouco e pouco é ele que as vai vendo encherem-se de riscos, que para ele não fazem muito sentido. Diz ele...
Esta tarde aconteceu uma coisa fantástica: o meu candeeiro falou comigo.
Estava eu no sítio de sempre, sentada à mesa...parei de riscar e comecei a falar com...com o Sr. Dinha...O Sr. Dinha é um senhor que gosta muito de falar. Gosta muito de fazer tudo. Tudo que dê prazer mínimo o suficiente para o tirar de volta dos livros. Mas a conversa com o Sr. Dinha fica para depois.
Voltando ao meu amigo candeeiro...subitamente, enquanto falava com o Sr. Dinha...Virei-me para o lado e afinal eu estava era a falar com o Sr. Candeeiro.
De repente lá estava ele, coladinho a mim, como sempre, fixo na minha cara, a ouvir-me e a querer falar. Este senhor...Faz-me rir. Temos tido grandes conversas desde esta tarde. Eu e o Sr. Candeeiro. Ele gosta de me ouvir e eu ouço-o a ele. E faz-me mesmo rir! Quando penso na sua cabecinha branca, sempre cheia de ideias, a ganhar vida.

Conclusão: Os candeeiros são nossos amigos...Agora quando olharem para um candeeiro, por favor, pensem duas vezes antes de o maltratarem.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

E é hoje, oficialmente, um dia histórico em que (finalmente!), duas criaturas magníficas - Tats e Pepitta - se juntam para criar aquele que vai ser, com toda a certeza o mais badalado blog de sempre!
Não gosto nada deste conceito de blog, acho realmente uma treta...uma tretazinha (em ponto pequeno). Ou se disserta sobre assuntos sem interesse, ou se têm interesse perdem-no imediatamente por alguém se ter lembrado de os pôr num blog, ou ainda! não falam propriamente de assunto nenhum de interesse particular ou público. Limita-se a ser uma espécie de "diário da minha vida" que só faltava que cada post começasse com "Meu querido Diário...". Acabam por ser carradas e carradas de papel virtual gastas, sem que quase ninguém realmente as leia, lhes preste muita atenção. Ou manda-se a um amigo que lê e diz muito fixe!, porque tem de ser, ou mesmo que sincero...o amigo não volta a olhar para essa página...
Assim sendo, e depois da minha opinião bem expressa começo a perguntar-me porque é que insiti tanto com a nossa Pepita para criarmos um blog.
Então começo a perceber porque quis...que é, provavelmente, a razão que leva grande percentagem de pessoas a querer...é a vontade de escrever, mesmo que não seja para ninguém ler! Escrever porque sim, porque há alguma coisa para dizer ainda que não pareça importante.
Eu tenho uma espécie de diarreia mental e como toda a gente sabe, faz mal prender essas coisas cá dentro...Até porque chega a uma certa altura em que o esfíncter já não é controlável!!! E então, meus amigos e minhas amigas, vamos encontrar a melhor altura, maneira e sítio de deixar vir a soltura!!! A nossa parece-me muito bem que é aqui que deve sair e não por aí na rua...
Por isso...Ready, set...GO !!!