quinta-feira, 14 de junho de 2007

Conversa com o Candeeiro

Tenho um candeeiro.
É claro que muita gente tem um candeeiro...Toda a gente tem muitos candeeiros...Mas o meu candeeiro é diferente. O meu candeeiro está sempre comigo, pertinho de mim nas horas mais difíceis, ou pelo menos naquelas em que a preocupação é tão grande que não me deixa pensar nem sorrir! O meu candeeiro costuma estar sempre ao meu lado. E quando preciso de o ter mais próximo ainda é só puxar e a sua cabecinha aproxima-se logo da minha.
Eu tenho um candeeiro elegante, muito elegante, de pé, alto, fino, com estilo. Metal, light metal.
Ele gosta muito de olhar para mim e para as minhas folhas brancas. A pouco e pouco é ele que as vai vendo encherem-se de riscos, que para ele não fazem muito sentido. Diz ele...
Esta tarde aconteceu uma coisa fantástica: o meu candeeiro falou comigo.
Estava eu no sítio de sempre, sentada à mesa...parei de riscar e comecei a falar com...com o Sr. Dinha...O Sr. Dinha é um senhor que gosta muito de falar. Gosta muito de fazer tudo. Tudo que dê prazer mínimo o suficiente para o tirar de volta dos livros. Mas a conversa com o Sr. Dinha fica para depois.
Voltando ao meu amigo candeeiro...subitamente, enquanto falava com o Sr. Dinha...Virei-me para o lado e afinal eu estava era a falar com o Sr. Candeeiro.
De repente lá estava ele, coladinho a mim, como sempre, fixo na minha cara, a ouvir-me e a querer falar. Este senhor...Faz-me rir. Temos tido grandes conversas desde esta tarde. Eu e o Sr. Candeeiro. Ele gosta de me ouvir e eu ouço-o a ele. E faz-me mesmo rir! Quando penso na sua cabecinha branca, sempre cheia de ideias, a ganhar vida.

Conclusão: Os candeeiros são nossos amigos...Agora quando olharem para um candeeiro, por favor, pensem duas vezes antes de o maltratarem.

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