quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Não se escreve há tanto tempo

Hummm
E por hoje desisto...

domingo, 11 de novembro de 2007

Chorinho colgate

Tinha umas coisas importante para dizer, mas não me posso queixar aqui. Não é o sitio nem a hora. E já se sabe que não é o sítio nem a hora em sitio nem hora nenhuma.
Por isso tenho apenas a informar que hoje consegui atirar pasta de dentes para os olhos provocando uma sensação de ardor única e inesquecível. Coçar? Pôr água? Tudo boas ideias para a comichão no rabo por exemplo, mas não para os olhos impregnados de creme com frescura a mentol. Chorei um bocadinho respirei fundo e pronto, fui á luta.
Ai o que aquilo além? Ah é só um mosquito alí no outro lado na cozinha...
Bom pelo menos os meus olhos estão limpinhos e cheirosos e a minha visão de falcão continua intacta.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Uma aldeia é o que isto é

O dia é 5 de Novembro de dois mil zero sete.
São 9 e meia da noite e Patricio, 21 anos, está a voltar para casa de metropolitano. O metro vai cheio, mas Patrício está concentrado na música que ouve no seu Mp3.
De repente Patricio olha, Patrício vê uma rapariga de cabelo castanho entrançado com uma flor do lado esquerdo.
A rapariga tem maçãs do rosto coradas, calções de ginásio azuis por cima de collants da mesma cor e está escrevendo num bloco.
O coração de Patrício palpita, "vou lá? falo com ela? faço conversa de chácha? Merda! sou um encaralhado de primeira!"
Na última estação, mesmo na ultiminha resolve aproximar-se, mas foi tarde demais! Ainda tentou segui-la no meio da confusão, mas a multidão envolveu-a e Patrício perdeu-a de vista! "Ah Patrício, seu falhado!" pensou...
Falhado? Nunca!
O Patrício era um rapazolas tímido, com jeito para o web design, romântico, alto e magrito vá.
Decidiu aproveitar o talento que Deus lhe deu e fez uma página na internet dedicada a encontrar a rapariga dos seus sonhos! Fez o esboço dela e dele, deixou o endereço e o número de telefone e ao lado escreveu: não, não sou doido.
A partir desse dia começou a ser inundado com mensagens de apoio e a própria CNN quis falar com ele!
Três dias assim se passaram, e a espera... eterna.

O dia agora é 8 de Novembro do ano presente.
Um amigo da rapariga vê a página do Patricio e decide contactá-lo. Fala aqui, fala alí e não é que é mesmo ela!
E agora? O que vai acontecer? Talvez se encontrem, talvez não, talvez se apaixonem, talvez não.
A história agora a eles lhes pertence... “Ao contrário de todas as comédias românticas e más canções pop, terão que imaginar por si próprios o final desta história", escreveu o Patrício na página da Internet, que não vai voltar a actualizar.

O meu preferido

E eu sou o gajo mais porreiro de se comer frango assado com. Porque sou acérrimo adepto do peito, deixando pernas (e outras bodegas, tipo asas, pescoços e rabo) para os outros.
Dizem-me sempre ‘gostas do peito? O peito é tão seco’, mas eu gosto porque me calha sempre aquele bocadinho de plástico com o nome do aviário.
O nome disto, de preferir o peito às pernas, é apenas um: altruísmo, sem tirar, nem pôr.
Além do mais, gosto de manter os meus critérios estáveis, trate-se de preferências em termos de frango assado ou mulheres.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Adormeceu...

Hoje estou especialmente triste... E nao me apetece escrever nada especialmente erudito.
Por isso vou simplesmente dizer porquê.
O meu gato mais velho, o Simao, foi há dias para o hospital, com insuficiência renal. Pensavam que já estava melhor, mas afinal nao.
Esteve estes dias sedado e assim vai continuar para sempre.
Mataram-no porque estava a morrer.
E agora já nao o vou ver quando voltar a casa pelo Natal.
E já nao vou ter de lhe dizer adeus outra vez.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Castelo

A minha rua tem uns prédios corridos, todos juntos uns aos outros, arquitectura própria dos anos 70/80 bem feiosa que a minha amiga Tátá poderá comentar com mais rigor quando se dignar a escrever aqui na botica.
Desse lado da rua metade dos prédios fazem uma espécie de vala à entrada com pontes para se entrar nas casas. Não consigo explicar de maneira a que fiquem com uma imagem visual fiel do aspecto da rua, mas o que quero dizer é que aquilo forma como que um "aqueduto" muito propício às brincadeiras dos mais petizes.

Ontem quando estava a chegar a casa vi um grupo de miúdos a brincar ás escondidas debaixo das pontes e dos muros que os prédios formam.
Um deles estava a contar e os outros já estavam escondidos nalgum sítio que ambos desconheciamos.
Conforme fui andando vio-os todos atrás do murinho... Espera lá que assim não ganham! Virei-me para trás e denuncie-os: "cof cof, alí alí". O miúdo da contagem ganhou e eles tiveram de trocar. Sorri vitoriosa.

Fiquei lixada por não me convidarem para brincar com eles depois disto.
Quis dizer-lhes que antes deles aquilo era meu.
Eu é que costumava ir para alí deitar-me debaixo das pontes a fingir que estava no meu castelo; eu é que deslizava nas inclinações das valas a ver os outros miudos a rachar os dentes, eu é que ficava nervosa quando tinha de ir a correr quando me apanhavam. "1,2,3 não salva ninguém!" Eu é que costumava ir para lá correr sem ter de me baixar para passar debaixo das pontes!
Depois deixei de ir para lá e agora quase de certeza que não passaria sem ter de me baixar, nem me poderia esconder atrás dos muros que eles apanhavam-me logo porque ficava com o rabo á mostra.
E agora os miúdos já não brincam com qualquer um.
E agora que tou grande os grandes também já não perguntam a qualquer um se quer brincar.

domingo, 4 de novembro de 2007

Banda sonora oficial

Precioso, único.
Bravo Ambrósio.

Aquele momento em que a madame deglute o chocolate... delicioso. Mais ou menos como o momento que eu tive quando comi aquele chocolate rançoso que tinha guardado há uns meses para aquela altura especial. A diferença é que o chocolate não era muito bom, e eu não tinha mordomo,nem um vestido dourado com um chapéu joli a condizer.

É o que é curioso nos anúncios é a suposta identificação que fazemos com eles ou que tentamos transpor para a vida.
Como o "mito" de que é romântico comer o gelado á janela num dia de chuva, ou de que somos adoráveis quando entramos a cumprimentar toda a gente numa festa espalhando sorrisos e acenos.
Quando tento fazer isso ou me cai mal o gelado ou pensam que já estou bêbada quando entro.
É a vida que raramente imita a arte.
E a minha raramente imita porque falta o elemento essencial, aliás, dois elementos essenciais: o glamour (do chapéu dourado a comer chocolate por exemplo) e a banda sonora.

Estava mesmo a precisar de ter a minha banda sonora a adicionar um pouco de intensidade aos meus momentos de alegria ou tristeza ou estoicismo, ou aos meus momentos melancólicos de comer gelados á janela. Ou para as alturas em que vou a subir a rua a pensar na vida ou nas alturas em que estou quase a rebentar porque não posso mais com este argumento viciado.