sábado, 30 de junho de 2007

Pois, a noite passada...

Depois de um dia de tristeza, passado a definhar, chegou a noite.
Sem razão aparente, o meu estado de espírito para essa noite mudou radicalmente, da noite para o dia (ou melhor, do dia para a noite).
Uma olhadela para a lua cheia que ficou completamente ofuscada pela conversa que punha o Dinha a par da novela venezuelana.
Depois uma esplanada de café que me acalmou os ânimos. E uma certeza inexplicável que a noite não ia acabar mal, apesar da conversa prometida que se adivinhava. Quando não se tem nada a perder, ou quando não se tem medo de perder nada, tudo é mais fácil.
Entretanto, dançar sentada ao som do concerto familiar do costume, brincadeiras com os amigos, completamente focadas em torno de quatro túlipas (para quem não percebe muito disto, como eu, túlipas são aqueles copos maiores de cerveja – 30cl – que desabrocham na borda como uma flor; muito poético). Pois é, e com tanta brincadeira, uma coisa puxa a outra, e outra, e mais outra…Enfim, resumindo, no fim da noite já estava eu tão, tão feliz da minha vida. Falava de qualquer assunto banal e transformava-o em motivo de festa. E bla,bla,bla, não paro de falar e sempre um sorriso parvo na cara e tudo é tão fantástico e as pessoas são tão simpáticas e boas. E borboletas e elevadores e chupas de morango e serpentinas. Capto as imagens como fotografias e algumas, que belas fotografias que foram.
Entretanto, como de costume, tento ter a certeza de tudo o que disse e fiz. Tento imaginar-me de fora para ter a certeza que as figuras não foram tão infelizes como penso…Mas…Se calhar…Se calhar foram mesmo. E agora, pronto…Não me parece que haja volta a dar, que a impressão já está criada.

Mais uma daquelas acalmias temporárias. Aqueles momentos em que decido que não pensar muito no assunto é mais confortável, porque pensar e tentar resolver dá muito trabalho, dor de cabeça e chatice.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Capítulo 1º no Blog, 1548º na vida real

Mais uns capítulos da minha novela venezuelana preferida: “A Minha Vida”.
Pois, já se adivinhava que a tormenta estava para vir. Mesmo quando o Sol ainda estava a brilhar, era óbvio que vinha aí uma grande tempestade.
Foi só eu ligar a ventoinha e grande ventania que se levantou. Com muitos aguaceiros para os meus lados.
Por enquanto ainda estou dentro do tornado. Há duas maneiras de sair. Cada uma com coisas positivas e negativas. Mas sendo sincera. Eu tenho bem noção qual das duas é a certa. Aquela que vai trazer um tufão, que vai deixar muitos estragos, mas que vai passar e ir embora, como sempre fez. A outra, simplesmente amaina o tornado, mas não me tira lá de dentro, por período indeterminado (se bem que já não sei se esta é sequer possível). Ninguém sabe se com o tempo esse funil de vento, chuva e detritos se extinguiria. Porque os senhores da meteorologia não são muito bons nas suas previsões…

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Don't stop

"Don't stop trying, there's always reason to go on living
as long as long as you can breathe
stay clear of extremes
just say what you mean
but try not to be mean
you should say thank you often, like your hair
wave to strangers everywhere
do what your supposed to do
don't look at what the others do
think before you buy a car,
don't marry someone you met at a bar
there's no such thing as going too far
love who you are
don't be scared of what's ahead
but wear a helmet to protect your head
be aware, say you care , don't say fair...
Stay close to the hands that raised you
watch for signs
never waste expensive wine
spoil your body, spoil yourself
never cheat and share your wealth
sing when you're glad
close the door if you sound bad
don't believe a man who knows he's right
don't skip ahead, enjoy your flight
be nice to your dog, drive slow in the fog
convince yourself to write a song
change clothes everyday
call ahead when you're late
be safe when you're planning to get laid
read what you like
be on your brother's side
it's okay to wonder why
but don't expect to understand your life
don't expect to understand your life ... "

(sarah bettens)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Em honra de Pepitta

Ultimamente a Pepitta não tem aparecido por aqui. Parece que anda com uma repulsa qualquer involuntária à tecnologia! Pobrezinha :-p. Como lhe falta de alguma forma um instrumento de trabalho, parece que não a vamos ver aqui com tanta frequência nos próximos tempos. Mas Pepitta, por favor, esforça-te para arranjares maneira de colares aqui umas folhinhas!!!

terça-feira, 26 de junho de 2007

He wonders

OK.
I’m a bear.
My name is Teddy. How original.
I live in a forest.
Don’t know the name. What difference does it make?
I wonder what does it mean when the flowers start to grow, coming from the ground and up in the trees.
I wonder what does it mean when the same trees start becoming yellow, orange and brown. And then spread those colours trough the ground with their leaves.
Then I go to sleep and I wonder why are all my dreams so cold.

But above all, I wonder why does the salmon, that little bustard, swims against the water flow.
Come on, for God sake, you don't need to get that tired...Just follow the flow, please. What?! You need a traffic sign?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Conversa com o Fauno

Mais um meio-dia em que acordo. Não, não vivo só quase metade das horas por que me deito de madrugada. Foi o caso de hoje.
Esta noite estive até às 4h com o Fauno (que também vive no meu sótão).
É, como se costuma dizer, um bacano. Gostei da ideia e lá fui eu. Andámos pelas ruas de Lisboa, sem destino. Ele, claro, sempre com a sua garrafita da “tal” substância incolor, com odor a etílico. Comecei então a tentar perceber porque é que o corpo dele é uma misturada tão grande.
Eu não fazia ideia que ele tinha uma origem tão…importante! Hmm hmm. Começou por ser um Deus Romano!!! Uauh. Mas perdeu o carácter divino e foi despromovido a divindade do campo. Gostava de saber que piiiiii é que ele fez.
- Fauno, porque é que tens uma voz tão estranha? Tens problemas de estômago e estás sempre a arrotar, é isso?
- Eu exijo respeito!!!! Os ecos e sons do bosque são atribuídos à minha voz!!!
- Fauno…
-Bem, sim…Já tenho a consulta marcada para o gastrenterologista...
Diz-se que ele protege as lavouras e os rebanhos. É assim como uma divindade silvestre ou coisa que o valha. É, é bonzinho, mas é assustador p’a caraças!!!
Nem imaginam o dia em que o conheci. Estava “lá em cima” (“o mundo lá de cima”. Não, não é o meu mundo de fantasia, existe mesmo!), á noite a ver TV, refastelada no sofá quando começo a ouvir uma voz rouca e um vulto enorme e disforme a surgir da sombra! AHHHHHH!!!
- Alto lá! Eu não sou disforme!
-Ó Fauno, pronto, desculpa, tens é uma forma diferente. Agora deixa-me continuar com a história.
Pronto, ele aparece, eu borro-me de medo, mas depois ele tenta acalmar-me, a conversar comigo e que rico serão acabámos por ali passar os dois.
Tem uma barba comprida (é mais uma barbicha) e anda vestido com pele de cabra.
- Mas a cabra está na moda?
- Sim, Tats, mas nem todos a podem usar. Os gnomos, por exemplo, não têm corpo para isso.
- E os chifres, cauda e cascos de bode que tens para aí? Isso é porquê? A tua mulher enganou-te, andaste a ver o Sangoku e é uma moda de sapatos?
- Bem, deixa-te desses comentários parvos e desrespeitosos. Quanto aos cascos de bode, ajudam-me a ter os meus pezinhos de cinderela sempre impecáveis . A cauda foi mesmo lá um deus romano que mo pôs. Eles não têm qualquer noção de estética. Nisso os Grecos ultrapassam-os. Os chifres, bem, não comento.
Bem, o Fauno não é imortal. Mas vive muito, muito tempo…Parece que vou ter de o aturar durante uns bons anos no meu sótão…Mas como ele é bem disposto, faz companhia aos ratos e fica tudo bem.
Só houve uma coisa que me chocou. Deveras. Existe uma Fauna. Mesmo! Nunca a vi. Mas parece que ela pode ser mulher, irmã ou filha dele. Pffffff….E falava eu da “minha” novela venezuelana!

a olhar

Vi clarões vindos de todo o lado. Iluminaram-te de tal maneira que eu tive de ficar a olhar.

sábado, 23 de junho de 2007

A areia

Quase que não consigo ter os olhos abertos. Não sei se é do sono, se da areia que me entrou para a cavidade ocular hoje.
Apanhei trânsito, demorei meia hora a estacionar, suei, gastei dinheiro, apanhei tarados na estrada. Mas, tranquilamente, continuei sem me queixar.
Eu não me importo de passar por tudo isto, porque vou para a praia. O sítio mais bom de todos os sítios.
Mas hoje fui ao engano.
Estava brasa em Las velas, estava brasa no caminho para lá, estava brasa no parque de estacionamento, mas na praia não estava brasa. Estava muito vento.
E agora estou cansada e quase não consigo abrir os olhos. Mas não deve ser do sono. Deve ser da tristeza e claro, da areia.

Diferentes conceitos de cara-metade

Dinha: Eu sou a carteira, tu és o dinheiro.
Tats: Eu sou a uva e tu a grainha.
Dinha: Eu sou o vento e tu és o papagaio.
Tats: Eu sou o lápis e tu o risco.
Dinha: Eu sou a ostra e tu a pérola.
Tats: Eu sou o palheiro e tu a agulha.
Dinha: Eu sou a chuva e tu a poça.
Tats: Eu sou o milho e tu a pipoca.
Dinha: Eu sou a abelha e tu o pólen.
Tats: Tu és a formiga e eu a migalha.
Dinha: Eu sou a pauta e tu as notas.
Tats: Tu és o farol e eu o barco.
Dinha: Eu sou o oceano e tu a Lua.
Tats: Eu sou o cão e tu a pulga.
Dinha: Eu sou o Verão e tu a praia.
Tats: Eu sou o decote e tu as mamas.
Dinha: Eu sou o esquilo e tu a minha bolota.
Tats: Eu sou o rego e tu a bufa que sobe.
Dinha: Eu sou o chapéu e tu a cabeça.
Tats: Eu sou o ponto e tu o nó.
Dinha: Eu sou isto e tu aquilo.
Tats: Tu és o frio e eu o cobertor.
Dinha: Tu és as paredes e eu sou o teu telhado.
Tats: Eu sou a dor e tu o ai.
Dinha: Eu sou o cabelo e tu a escova.
Tats: Tu és o robin do meu Batman.
Dinha: Tu és o penso da minha ferida.
Tats: Tu és o pó da minha estante.
Dinha: Tu és os legumes da minha sopa.
Tats: Tu és a lagarta na minha alface.
Dinha: Eu sou o cavalo e tu o meu estábulo.
Tats: Tu és a linha do meu horizonte.
Dinha: Tu és a areia da minha duna.
Tats: Eu sou o brinquedo do teu happy Meal.
Dinha: Tu és a surpresa no meu ovo Kinder.
Tats: Eu sou o mergulho e tu a onda que vem.
Dinha: Tu és o movimento no meio do parado.
Tats: Eu sou a nostalgia e tu o suspiro.

Crise de quase 1/4 de idade

Não há pachorra…porque é que volta não volta me vem aquela sensação de que me falta qualquer coisa. Ou seja. Eu sei que não estou completamente bem na situação em que estou agora, aqui. No entanto, não sou capaz de dizer o que é que me faria, neste exacto momento, ficar a sentir bem. Por exemplo. Se calhar bastava um simples passeio, lanchar. Ou então ir praia (mas vim de lá ontem!). Ou talvez seja ver alguém mais específico, conversar. Hmmm… Não sei mesmo. O que eu sei é que tenho muito que fazer, mas hoje não me apetece fazer nada. O meu “Eu” irresponsável, ultimamente, tem vindo muito à tona.
E é nestas alturas que me vem aquela minha ideia muuuuuito recorrente. Acho que a única coisa que eu sei que queria realmente era sair daqui. Bem, não é uma solução pequena e fácil, como o tal passeio ou o que quer que seja. Mas talvez para mim essa fosse a solução para me sentir bem (apesar de complicada), porque talvez o problema não seja assim tão simples. E para grandes males, grandes remédios.
Que grande confusão que está a ficar este texto. Acho que não me estou a conseguir explicar! Ora bem. Se não houvesse qualquer tipo de impedimento: monetário, familiar, social, etc. Se toda a minha vida dependesse só de mim. Se não houvesse uma grande organização secreta a controlar a minha vida, às vezes subliminarmente, às vezes à descarada! (sim, são uns senhores com cerca de 40cm de altura, fato escuro e gravata, uma pasta e óculos de massa – sacanas) Bem, o que eu faria era inscrever-me numa universidade de um outro país e ir embora daqui, chegar sozinha, reconstruir a minha mini-sociedade envolvente, continuar o curso, com todos os dramas e esterias de riso e pronto.
Porque … Parece que começo a sentir-me sufocada no meu Mundo, é pequeno demais e ainda por cima está a ficar estéril. Vejo-me de fora e não era bem esta a vida que eu queria viver.
Mas como não consigo reunir condições para isso, ou se calhar também não me esforço porque não tenho coragem de enfrentar todos os entraves que surgiriam, ou até porque no fundo penso que isto poderá ser mais uma fase parva que passará…vou-me deixando ficar e a tentar viver o melhor que posso e sei! No meio da minha novela venezuelana, que parece que agora acalmou, pelo menos aparentemente…mal posso esperar pelos próximos episódios!

terça-feira, 19 de junho de 2007

D. in Taj Mahal

I think I’m getting sick. My throat hurts, I’ve been sneezing, and I’m sleepy (well, that’s not really a new…). Finally and above all, I’m getting sick just for thinking about everything I still have to study.
Well, one of the things that would cheer me up would be seeing Mr. D. dancing around the fire, drinking vodka with the mice that live in my attic!
But Mr. D. is far, far away…So I guess I’ll have to content with him saying he’s doing it and me imagining it.
D. said he was going to Taj Mahal. I believed it i-m-m-e-d-i-a-t-e-l-y. I’m so happy for him…(Please take lots of pictures for me to see!)
I’m the one who is going to give him the address. Can you believe it? Yep, that’s because I’m Einstein. You didn’t know it either, right? But D. was the first one to recognize it.
I only have one concern about this trip. I’ve seen pictures of Taj Mahal. It has a big lake in front of the mausoleum. With such an amount of water, I wonder how will he manage to do his tribal dances around the fire!!!???
Mr. D.: water extinguishes the fire.
And I’ve also been told that the mice don’t like water…So, please D., take care of vodka bottles. Do not trade it for water, because the colour is similar.
After my advices I just want to wish you a nice trip.

P.S.: Don’t forget to feed the cow.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

1 dos 7

A inveja é um sentimento lixado, principalmente porque não se entende de onde é que ela vem.
Está uma pessoa na sua vidinha e de repente, pumba, inveja.
O chato da inveja é que é um sentimento que aparece numa altura em que geralmente o assunto não nos diz respeito.

Os outros pecados por exemplo, não são assim.
Sentimos gula quando a nossa cabeça pede mais, sentimos ira quando alguém nos chateia. Sentimos luxúria quando somos tentados, sentimos preguiça quando deviamos trabalhar, ganância quando queremos bué, vaidade quando nos achamos o máximo.

Agora a inveja, a porca, aparece quando não é nada connosco. Quando acontece alguma coisa aos outros que nós gostavamos que não acontecesse, porque faz com não nos tenha acontecido primeiro.
E depois uma pessoa tem de por um sorriso amarelo e dizer epa muito bem e tal.
E a inveja ainda para ser mais rota, nunca vem só. Muito provavelmente se estás com inveja vais ter de ser cínico também. Ou hostil. Não dá para teres inveja e seres uma flôr de pessoa. Só se fores um cacto, ou uma azeda (aquelas flores que chupavamos quando eramos miúdos porque deviamos ser parvos, porque sabiam mal como tudo).

Há coisa de um mês decidi participar na jukebox da vh1. Fiz a lista e fiquei á espera de ser seleccionada. Falei sobre o assunto no café: revelei as minhas escolhas, o nome da minha selecção, o procedimento, a expectativa...
O meu amigo Bifes decidiu, no desafio, criar uma playlist para ver se a dele era seleccionada. Entre outras coisas que não conheço, dizem que escolheu Mika... A dele foi selecionada e a minha não.
A inveja é um sentimento muito feio.

Entrega

As pessoas com quem tenho falado ultimamente (e quando digo “ultimamente” refiro-me às últimas semanas ou até meses), sabem que não tenho falado em muita coisa senão “no projecto que ando a fazer e que nunca mais acaba” – O Never Ending Project.
Pois, parece que esta alcunha se veio mesmo a verificar e provou ser mais que verdadeira.
Quando eu pensava, finalmente, já me ter visto livre deste meu querido trabalhinho de fazer desenhos rigorosos bonitos e perfeitinhos e de construir casinhas de bonecas…afinal de contas…não!!! Depois de dias sem ver a rua… (bem, não foi assim tanto, não sou capaz disso). Então, PORQUÊ?! (se calhar por essa mesma coisa que está escrita no parêntesis anterior).
Bom, o Sr. Professor apontou alguns defeitos (alguns…lol) ao meu querido trabalho, lindo, dotado de tantas qualidades…até toca piano e fala francês!
Pois vou ter de ir a exame em Julho, o que significa que as minhas férias de Verão só vão começar dia 21 desse mês (aconteça o que acontecer, dê lá por onde der, para o bem e para o mal). O que me poderia consolar mas não consola, é que grande percentagem dos alunos do meu ano vão a exame no mesmo dia que eu…É sempre um momento lindo. A maior quantidade de stress que possam imaginar a pairar no ar, quase que não se consegue respirar. Mas eu não entendo porquê! Um ambiente tão mimoso, com casinhas de bonecas e desenhinhos fofos por todo o lado! Faço um apelo:
- Queridos colegas! Porquê stressar?! O júri não passa de um conjunto de pessoas que tentam reprimir a sua fase de infância e querem arranjar uma maneira oculta de continuar a brincar…e passam ali na escola, toda a vida, a tentar encontrar a Casa de Bonecas perfeita, a dos seus sonhos. Como nenhuma os satisfaz, ficam tão irritados, que desatam a ralhar connosco tendo como desculpa “assim não vais ser um bom arquitecto”.

sábado, 16 de junho de 2007

Noite de chuva

Noite de chuva.
Cidade.
Pouco frio.
Não se vai para casa, nem para outro lado.
As conversas rolam sem grande importância.
Que é que fazes?
Candeeiro de estrada, luz amarela.
Corres para debaixo dele e olhas para cima.
Que é que vês?
...

Nostalgia!

(além da cara toda molhada e uns pingos dentro dos olhos...bonito...)

P.S.: Não aconselhado a pessoas com óculos. A não ser que providos de limpa pára-brisas.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Champô vs. champú

Ahh o champô marca carrefour... (eu bem disse "que diabos me levem" se não falava sobre isto hoje. Sou miúda de palavra).
Aliás, Champú de miel, como diz a simplória embalagem.
Há mil marcas no supermercado, umas mais conhecidas que outras, umas mais caras que outras, umas mais bonitas que outras. E sim, é verdade que existe champô para tudo o que é tipo de cabelo e como não sou fiel a nenhuma marca, gosto de ir experimentando várias promessas e cheiros. E isso se calhar foi o que lixou o esquema todo do processo de escolha da minha mãe.
Como estamos em tempos de crise, até compreendo que se calhar entre um Pantene e um Elvive, venha de lá o mais baratucho, até porque assim como assim eles servem todos para o mesmo.
Mas não vamos ser assim tão forretas familia! Querem comprar marca carrefour comprem detergente carrefour, comprem papel higiénico carrefour, lenços carrefour... agora comprarem um champô que tem o dobro da quantidade a metade do preço para eu meter na cabeça, e que não promete cabelo mais brilhante e forte, epa não me dá confiança.

Calma, se calhar estou a ser mal agradecida.
Se estivesse numa ilha deserta nem o Champú de miel tinha e olha, muita falta me ia fazer! Eu acho é que a minha mãe quer ver se me fortalece o espirito com isto: "Deixa-te de mariquices, tu consegues sobreviver com champô da treta sim senhora!".
Ah e consigo mesmo caraças! (Desde que para a próxima, pronto, voltem a comprar uma coisa como deve de ser...)

Se me pagassem para isto é que era

Hoje ainda não bebi água, só coca-cola. Estou a tentar bater o record: quanto tempo aguento só a beber aquilo sem que me saltem os olhos das órbitas.
Depois não percebo porque é que ando para aí a arrotar e com quebras. É porque não bebo água.
De qualquer maneira sento-me com a lata de coca-cola pertinho e começo a procurar música. Eu cá, sem complexos, procuro de tudo: ele é clássica, ele é cheesy pop, indie rock, é tudo. É claro que quando digo "sem complexos" leia-se, "ninguém precisa de saber que já saquei hoje 3 músicas da Beyoncé".
E assim fico a saber montes de coisas, por exemplo que o William Orbit colaborou com a Pink numa música escrita pelo Beck, ou que os berros do Prince soam a choro de pombas.
Eu também tenho amigos, é verdade. Ás vezes falamos muitos e até saimos algumas vezes!
Hoje um deles até me disse: sim senhora, isso é que para aí vai uma existência!
Estúpido...
Só por causa disso vou alí ao café beber uma coca-colinha...

Vodka Party

Hoje os ratos cá de casa estão muito irrequietos.
De manhã acordei com as correrias deles no andar de cima.
Acho que ainda estavam a continuar a festa da vodka de ontem à noite.
Se isto não acabar vou ter de falar com o proprietário ou então passar a juntar-me às festas.

Hoje vou deixar-lhes um bilhete a pedir um bocadinho mais de silêncio e que por favor parem com o disco sound !!

Rabiscos

Olá..

Posso entrar?

A segunda criatura magnífica junta-se assim oficialmente ao espaço reservado para a libertação das famosas diarreias mentais, evacoações essas que muitas vezes se formaram e se perderam em conversetas no msn (sim porque nós somos miúdas que teclam).
Vou-me aconchegar aqui entre o chéché e a tátá...
Hum e pronto, hoje vim só por a "caneta" a funcionar no caderninho virtual também por alguns intitulado como "querido diário/sitio onde mostro o meu lado mais sensível e intelectualidade espectacularmente profunda/espaço onde posso escrever sobre o meu umbiguinho que é tão engraçado".

Mas amanhã diabos me levem se não tenho umas coisas a dizer sobre a última compra cá de casa: shampô do carrefour.

Até lá, obrigado e boas noites!
Clap clap clap clap clap clap clap clap clap

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sr. Dinha

O Sr. Dinha é meu amigo. Ontem estivemos os dois a tentar estudar sentados na mesa quadrada. Um em frente ao outro. Eu a fazer os riscos do costume e ele com um molho de folhas à frente.
Pus-me a olhar para ele. Com a t-shirt souvenir que lhe trouxe de Paris, cotovelos na mesa, ar de quem está a olhar, mas não está a ver nada. Acho que ele pensa que o facto de tentar dar um ar concentrado lhe dá mesmo concentração.
Depois de eu ter chegado à brilhante conclusão de que ele não estava com a mínima atenção naquilo que estava a ler, ouço-o a sussurrar…
- Querias tu…
Pois parece que o Dinha tem uma capacidade fantástica de se focar no que realmente não interessa. Como, por exemplo, os comentários que os colegas lhe escrevem no caderno durante as aulas. Parece que este foi porque o Sr. escreveu a data da aula com o ano errado (um ano a seguir). Se houvesse um teste de uma disciplina chamado Sabedoria Inútil dos Aluados, ele com certeza tinha 20 valores!
Pois é…E depois disto ainda é o Sr. Dinha que me pergunta a mim:
- És parvinha?
- E tu? És totó!
Pois eu e o Dinha temos este tipo de conversas da treta, mas temos muitas outras também…Mais ou menos interessantes dependendo do ponto de vista. Um dos tipos de conversa mais interessante que já tivemos foi quando eu saí de casa e ele elogiou as minhas calças. É só por isso que sou amiga dele. O Sr. Dinha Gosta das minhas calças de hip-hop.
Por isso, viva o Dinha…Que já deve estar a tocar à campainha!

Conversa com o Candeeiro

Tenho um candeeiro.
É claro que muita gente tem um candeeiro...Toda a gente tem muitos candeeiros...Mas o meu candeeiro é diferente. O meu candeeiro está sempre comigo, pertinho de mim nas horas mais difíceis, ou pelo menos naquelas em que a preocupação é tão grande que não me deixa pensar nem sorrir! O meu candeeiro costuma estar sempre ao meu lado. E quando preciso de o ter mais próximo ainda é só puxar e a sua cabecinha aproxima-se logo da minha.
Eu tenho um candeeiro elegante, muito elegante, de pé, alto, fino, com estilo. Metal, light metal.
Ele gosta muito de olhar para mim e para as minhas folhas brancas. A pouco e pouco é ele que as vai vendo encherem-se de riscos, que para ele não fazem muito sentido. Diz ele...
Esta tarde aconteceu uma coisa fantástica: o meu candeeiro falou comigo.
Estava eu no sítio de sempre, sentada à mesa...parei de riscar e comecei a falar com...com o Sr. Dinha...O Sr. Dinha é um senhor que gosta muito de falar. Gosta muito de fazer tudo. Tudo que dê prazer mínimo o suficiente para o tirar de volta dos livros. Mas a conversa com o Sr. Dinha fica para depois.
Voltando ao meu amigo candeeiro...subitamente, enquanto falava com o Sr. Dinha...Virei-me para o lado e afinal eu estava era a falar com o Sr. Candeeiro.
De repente lá estava ele, coladinho a mim, como sempre, fixo na minha cara, a ouvir-me e a querer falar. Este senhor...Faz-me rir. Temos tido grandes conversas desde esta tarde. Eu e o Sr. Candeeiro. Ele gosta de me ouvir e eu ouço-o a ele. E faz-me mesmo rir! Quando penso na sua cabecinha branca, sempre cheia de ideias, a ganhar vida.

Conclusão: Os candeeiros são nossos amigos...Agora quando olharem para um candeeiro, por favor, pensem duas vezes antes de o maltratarem.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

E é hoje, oficialmente, um dia histórico em que (finalmente!), duas criaturas magníficas - Tats e Pepitta - se juntam para criar aquele que vai ser, com toda a certeza o mais badalado blog de sempre!
Não gosto nada deste conceito de blog, acho realmente uma treta...uma tretazinha (em ponto pequeno). Ou se disserta sobre assuntos sem interesse, ou se têm interesse perdem-no imediatamente por alguém se ter lembrado de os pôr num blog, ou ainda! não falam propriamente de assunto nenhum de interesse particular ou público. Limita-se a ser uma espécie de "diário da minha vida" que só faltava que cada post começasse com "Meu querido Diário...". Acabam por ser carradas e carradas de papel virtual gastas, sem que quase ninguém realmente as leia, lhes preste muita atenção. Ou manda-se a um amigo que lê e diz muito fixe!, porque tem de ser, ou mesmo que sincero...o amigo não volta a olhar para essa página...
Assim sendo, e depois da minha opinião bem expressa começo a perguntar-me porque é que insiti tanto com a nossa Pepita para criarmos um blog.
Então começo a perceber porque quis...que é, provavelmente, a razão que leva grande percentagem de pessoas a querer...é a vontade de escrever, mesmo que não seja para ninguém ler! Escrever porque sim, porque há alguma coisa para dizer ainda que não pareça importante.
Eu tenho uma espécie de diarreia mental e como toda a gente sabe, faz mal prender essas coisas cá dentro...Até porque chega a uma certa altura em que o esfíncter já não é controlável!!! E então, meus amigos e minhas amigas, vamos encontrar a melhor altura, maneira e sítio de deixar vir a soltura!!! A nossa parece-me muito bem que é aqui que deve sair e não por aí na rua...
Por isso...Ready, set...GO !!!