quinta-feira, 13 de março de 2008

Porquê? Como? Quando? Para quê?

Porque sim.
Para quando morrer nao descobrir que nao vivi.
Para ser uma dessas pessoas que ainda sabe viver. Ou que pelo menos tenta aprender.
Para ter tudo aquilo que os meus braços consigam abarcar.
Para descobrir o X que está sempre a mudar de posiçao no mapa. E desenterrar o tesouro.
Para ganhar como objectivo principal nao ter objectivos longínquos.
Para conseguir colocar-me nos mil e um cantos da sala.
Para ter mais gente que me dê muito mais de mim. E para dar mais da gente à gente. E para dar mais de mim à gente. E para que a gente me dê muito mais de si. E para que a gente de sempre e muita outra gente sejam eu e eu seja a gente.
Para nao fugir com medo da chuva. Nem ficar sentada à sombra à espera do Sol.
Para recomeçar sempre a partir do +1.
Para pensar que estou a 100%, mas que de certeza que há um 200% escondido que vai ser declarado já a seguir. E que a progressao aritmética vai continuar.
Como? Fácil. Sempre. Inquieto.
Trocar a razao pela acçao. Sentir.
"Quando" nao existe. Quando é agora. E o agora já foi e é agora outra vez. Pela primeira e última vez. E nao vai ser porque está a ser agora.
Porque a minha vida está nas minhas maos. E porque a Liberdade é tao grande que podia asfixiar. Mas nao asfixia.
Porque a Liberdade está cá dentro e nos impulsos que se tomam.
Porque para dizer isto nao encontro palavras. E o coraçao acelera e a adrenalina sobe. Só por dizer. Só por dizer o que nao consigo exprimir.
Porque o certo nao é o que todos fazem.
Porque o que todos fazem nao é errado.
Porque o que todos fazem e o que tu fazes nao se pode comparar.
Porque o dia de amanha é tao incerto para mim como os meus cinquenta anos.
Porque a melhor frase feita de sempre é que a Vida é uma caixinha de surpresas.
Porque ainda há tanta coisa atrás da montanha onde nao cheguei. E porque ainda há tantas montanhas que ainda nao vi.
Porque me abisma ouvir histórias. Porque quero que a minha História me abisme.
Porque o coraçao salta-me do peito.
Porque estou a descobrir porquê.